Nos Distritos de Chemba e Marínguè: MORTES POR CROCODILOS E FOME PREOCUPAM FRELIMO

O Primeiro-Secretário da FRELIMO em Sofala, Luís Nhanzozo, mostrou-se nesta Sexta-feira bastante preocupado com a agudização do conflito Homem/fauna bravia em Chemba, que neste ano provocou a morte de cinco pessoas e duas que contraíram ferimentos graves por ataques de crocodilos, e bolsas do foco de fome naquele distrito e vizinha região de Marínguè.
Nhanzozo falava à jornalistas no final de uma visita de trabalho que efectuou naquelas áreas do vale do Zambeze, no lançamento da imagem do candidato da FRELIMO às eleições presidenciais de 9 de Outubro próximo no país, Daniel Chapo.
Com efeito, apontou que o fenómeno de ataques por crocodilos disparou ao longo do primeiro semestre deste ano em Chemba, resultante da disputa de água, com sete casos contra um do igual período do ano passado.
Para reduzir esta situação, referiu que o Governo com ajuda dos parceiros está a envidar esforços na construção de mais fontes do abastecimento de água potável em todas as zonas, principalmente na vila de Chemba.

Ainda naquele distrito ribeirinho do Zambeze se regista um intenso movimento de elefantes que destroem culturas alimentares em todas as localidades, aterrorizando sobremaneira a vida das famílias camponesas daquela área rural, decorrendo medidas na mitigação daqueles paquidermes.
No que concerne à situação de insegurança alimentar sublinhou que a crise de fome é mais aguda no distrito de Marínguè, destacando-se na localidade de Senga-Senga, que grassa 704 famílias, o equivalente a 3.520 pessoas, alimentando-se de raízes e tubérculos.
Consequentemente, os referidos infortunados se deslocaram para as localidades e distritos circunvizinhos na procura das melhores condições de vida.
Cenário semelhante se vive em Chemba, tendo a população de Mulima e Lambane se queixado deste facto em comício orientado pelo Primeiro-Secretário da FRELIMO em Sofala.
A propósito, Luís Nhanzozo tranquilizou que o Governo se esforça para suprir este défice, tendo, numa primeira fase, despachado ao terreno equipa técnica para levantamento das necessidades da ajuda alimentar de emergência.