Pais continuam renitentes no combate às uniões prematuras na Zambézia

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A prevalência da ideia de que a rapariga significa fonte de renda para as famílias, ainda paira sobre as mentes das populações ao nível da província central da Zambézia.

Participantes do seminário sobre educação e saúde sexual e reprodutiva
Participantes do seminário sobre educação e saúde sexual e reprodutiva

A luta para reduzir as uniões prematuras em vários distritos da província da Zambézia(Milange e Mocuba), parece algum impossível, pois muitos pais e familiares das raparigas colocam pressão às suas meninas para as verem unidas a um homem prematuramente, muitas vezes sem avaliar os impactos negativos advindos destes actos criminosos.

A razão justificada pelos progenitores, centra-se na geração de renda, usando suas filhas como moeda de troca e nalgumas vezes estas meninas entram para a prostituição infantil, colocando-as em risco de Fístula obstétrica, abuso sexual, gravidezes precoces e indesejadas, abortos inseguros entre outros males.

Alguns cidadãos informados na província acreditam que a prática dos ritos de iniciação incentiva às uniões prematuras. Outros, apontam a fraca actuação da liderança local, o acesso burocrático à justiça, ambição nas próprias raparigas que tendem a competir entre si e a má influência de amigos e ignorância dos puxões de orelha dos mais velhos, como factores que influenciam para que estas menores ingressem numa união prematura.

Para combater estes males, Margarida Matos, Esposa do Governador da Zambézia, reuniu nos dias 26 a 27 de Abril nos Distritos de Milange e Mocuba, para junto da sociedade e organizações não governamentais encontrar mecanismos de pluralizar os esforços e a capacidade de Advocacia e sensibilização das comunidades para a mudança de atitude, de pensamentos e de crenças, que exponham ao perigo o futuro das raparigas.

Ainda segundo Margarida Matos, a educação comunitária deve ser o primórdio.

“SEXO SEM TABUS deve ser o pilar para a edificação de uma relação aberta entre a rapariga e os seus pais com vista a garantir uma vida sexual de conselhos e não de consolos”, disse Margarida Matos.

Por: GEGOZ

Jornal Visão Moçambique
Author: Jornal Visão Moçambique

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