ELEIÇÕES
Para apoiar a FRELIMO: Chefe da Secretaria desafia o director

O director e a chefe da secretaria da Escola Primária de Luvila, no distrito de Muembe, província de Niassa, estão em conflito. Para apoiar a FRELIMO~, a Chefe da Secretaria desafia o director e recusa-se a seguir as suas orientações, onde pede para ela que dedicar mais tempo às actividades da escola ao invés da campanha eleitoral.
Desde o início da campanha, o director tem instruído insistentemente a chefe para manter o normal funcionamento da escola, devido ao elevado número de funcionários que têm abandonado o trabalho para participar na campanha eleitoral da Frelimo. A ordem do director tem gerado mal-estar e uma situação de tensão entre ele e a chefe da secretaria. Esta última acredita que o director está a impedir a sua participação nas caravanas de campanha da Frelimo pelo distrito.
Ela tem ignorado as orientações do director, alegando que não pode interromper as suas actividades partidárias para se ocupar dos serviços escolares. A chefe de secretaria chegou a desafiar o director a processá-la ou a demiti-la do cargo. Este conflito coloca o director numa posição delicada, uma vez que a sua recusa em colaborar com o partido pode levá-lo a uma possível demissão.
Em contacto com o Centro de Integridade Pública (CIP) Eleições, o director explicou que apenas estava a dar orientações para que ela prestasse serviços à escola sem conflitar com as actividades políticas nem prejudicar os alunos.
Por outro lado, a chefe de secretaria afirmou que o director lhe comunicou que a sua ausência estava a desorganizar a secretaria. Na terça-feira, 3 de Setembro, o director pediu à chefe da secretaria, que já estava em campanha, para se deslocar à escola. Ela informou os colegas que ia ao encontro do director para “saber o que ele iria falar”. No entanto, alguns colegas da chefe no partido ligaram para o director para informá-lo que ela se queixava de estar impedida de fazer campanha.
A chefe desmente ter acusado o director de impedir a sua participação na campanha. Desde o início da campanha, os alunos da escola têm recebido aulas em turmas mistas devido à ausência de professores envolvidos na campanha eleitoral da Frelimo. Em todos os distritos do país, muitos funcionários abandonam os seus postos de trabalho para participar na campanha eleitoral da Frelimo, e há ordens para que não sejam marcadas faltas.