Para reduzir índice de uniões prematuras: Finlândia disponibiliza cerca 8 milhões de Euros para Manica
O país, em particular a província de Manica, tem registado elevado índice de uniões prematuras, acto que obriga menores de dezoito anos a casarem-se com adultos ou mesmo jovens, comprometendo o futuro.
O facto acontece no meio rural, onde as raparigas são às vezes forçadas a casar cedo, por nível baixo de escolaridade, por outro lado, por motivos culturais.
Para inverter o cenário, do impacto negativo das uniões prematuras, a embaixada da Finlândia em Moçambique, vai injectar um montante avaliado em pouco mais de oito milhões de euros, para o empoderamento da rapariga e na protecção das mesmas.
A disponibilização do valor a ser aplicado na província, foi anunciada esta Segunda-feira (03.04.23), na cidade de Chimoio, pela embaixadora da República da Finlândia em Moçambique, Anne Kaissa Heikkienen, durante uma visita que efectua a esta parcela do país, na esteira das celebrações do mês da mulher.
“A embaixada continuará a apoiar o governo moçambicano na luta contra uniões prematuras e casamentos forçados”, frisou Anne Heikkienen, tendo avançado que a principal área de apoio é o sector da educação para garantir a retenção das raparigas nas escolas. “Investimos pouco mais de oito milhões de euros, por ano, ao sector da educação, para garantir o combate da violação dos direitos das raparigas”, disse.
A embaixadora, disse que está na província de Manica, com objectivo principal de discutir com o governo local sobre os direitos da rapariga e da mulher, bem como o cenário de uniões forçadas, naquela região do país, para busca de estratégias de combate às uniões prematuras, em Moçambique em particular na província de Manica.
A governadora da província de Manica, Francisca Tomás, frisou que o executivo tem estado a trabalhar na sensibilização, das famílias, nas comunidades, bem como a divulgação das mensagens nas escolas durante as aulas, no combate a este mal.
Entre várias iniciativas, Francisca Tomas, destacou o programa “eu sou capaz” que tem a componente da distribuição de uniforme escolar e bicicletas para o empoderamento e a motivação da raparia, para a manter na escola.“
“A província, conta também com o programa linha fala crença, onde as raparigas podem denuncias os casos de violação, disse a governadora da província de Manica, no encontro com embaixada da Finlândia.”
“A província, conta também com o programa linha fala crença, onde as raparigas podem denuncias os casos de violação, disse a governadora da província de Manica, no encontro com embaixada da Finlândia”.
A chefe do executivo falou ainda sobre a importância do Centro de Atendimento Integrado às raparigas e mulheres vítimas de violência inaugurado na semana finda na cidade de Chimoio, cujo objectivo é acolher e fazer o acompanhamento das ocorrências de casos de violência dos direitos da rapariga e da mulher.
Por seu turno, Luísa Ferrão, do fórum da mulher na província de Manica, manifestou sua satisfação pela iniciativa da Finlândia, tendo em conta com o elevado índice de violência que a província regista, frisando que o projecto poderá permitir que as meninas terminem o seu ciclo da escolaridade.
Luísa Ferrão, indicou que com a implementação do projecto da embaixada da República da Finlândia em Moçambique, em particular na província de Manica, é uma oportunidade para as raparigas.
Author: Jornal Visão Moçambique
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