O partido PODEMOS confirmou oficialmente o fim da sua aliança política com Venâncio Mondlane, antigo candidato presidencial pela coligação VM7. Segundo a agremiação, Mondlane quebrou um dos principais princípios do acordo assinado entre as partes ao violar a cláusula de confidencialidade, o que levou à ruptura.
A decisão foi tornada pública na 10.ª sessão do Conselho Político do partido, onde ficou claro que a saída de Mondlane da coligação aconteceu devido à sua própria conduta.
“A 10.ª sessão do Conselho Político concluiu claramente que a violação do acordo coligado aconteceu no que se refere ao princípio da confidencialidade. A ruptura foi da inteira responsabilidade do ex-candidato a Presidente da República, o senhor Venâncio António Bila Mondlane”, declarou um representante do partido.
O PODEMOS acusa ainda Mondlane de ter tomado decisões unilaterais sem respeitar os termos previamente estabelecidos, o que inviabilizou a continuidade da parceria política.
“Quem violou o acordo foi Venâncio Mondlane. Ele rompeu o entendimento que existia ao não respeitar as normas estabelecidas. Primeiro, fê-lo através do seu assessor, Dinis Tivane, e, posteriormente, com outras acções que confirmaram a ruptura definitiva”, esclareceu o partido.
O partido enfatizou que, apesar das especulações que surgiram após a separação, não houve qualquer traição ao povo nem à coligação VM7.
“Não nos achamos traídos. Estamos simplesmente a dizer que não houve nenhuma traição, nem ao povo, nem a Venâncio Mondlane. Nós apenas tomámos posse de acordo com a validação do Conselho Constitucional”, frisaram os dirigentes do PODEMOS.
Com esta posição, o PODEMOS encerra definitivamente qualquer possibilidade de retoma da aliança com Venâncio Mondlane, focando-se agora na sua agenda política própria. Entretanto, até ao momento, Mondlane ainda não reagiu publicamente às acusações feitas pelo partido.