A Associação Angolana de Bancos (Abanc) reconhece a pressão enfrentada pelos bancos devido à falta de divisas. O consultor da Abanc, Ondjoy de Barros, destacou que a diminuição na oferta de divisas já remonta ao ano passado, mencionando uma mudança no cenário em relação às intervenções pontuais do Banco Nacional de Angola (BNA) e do Tesouro Nacional.
Barros explicou que, apesar da demanda constante por divisas, a oferta mensal na banca angolana diminuiu para 600 milhões de dólares em 2023, comparado com os 1,2 mil milhões de dólares de 2022.
A procura total em 2023 foi de aproximadamente 1,9 mil milhões de dólares, uma necessidade que não foi totalmente satisfeita no ano anterior devido à quebra na produção e na redução das receitas de exportação do petróleo e dos diamantes.
O consultor ressaltou que a estabilidade no mercado cambial só será alcançada quando houver uma efectiva diversificação da economia e redução da dependência de importações através do aumento da produção interna.
Enfrentando desafios como taxas de juros elevadas, desvalorização do kwanza, inflação e escassez de divisas, os bancos comerciais angolanos precisam ser mais engenhosos para satisfazer os clientes. Barros enfatizou que, apesar do contexto macroeconómico desafiante, os bancos estão bem preparados e capitalizados para enfrentar os desafios.
O governador do BNA admitiu a redução das divisas devido à diminuição das receitas de exportação, mas destacou que os bancos estão comprando e devem disponibilizar moeda estrangeira aos seus clientes.
Jornal Económico com Lusa 24 Fevereiro 2024, 09h16
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