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Economia

Primeiro navio de cabotagem da Dugongo Cimentos chega a Nacala com 10.000 toneladas de cimento

Este carregamento destina-se exclusivamente à nova fábrica da Dugongo Cimentos, actualmente em construção em Nacala desde o ano transacto.

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O primeiro navio de cabotagem da empresa Moçambique , conhecida comercialmente como Cimentos, chegou ao porto de Nacala, na província de , no passado dia 11 de Abril, após quatro dias de viagem desde . A embarcação transportava 10.000 toneladas de .

Por: Redacção

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Este carregamento destina-se exclusivamente à nova fábrica da Dugongo Cimentos, actualmente em construção em Nacala desde o ano transacto. Trata-se da segunda unidade de produção da empresa, com capacidade superior à da fábrica de Matutuíne, província de Maputo. Enquanto esta última produz, em média, 2.500 toneladas por dia, a projecção para a unidade de Nacala é de 135.000 toneladas por mês, o equivalente a cerca de 4.500 toneladas diárias.

Tirando proveito da localização estratégica de Nacala, a Dugongo Cimentos pretende utilizar o Corredor de Nacala para exportar cimento para países do Interland, nomeadamente Malawi e Zâmbia. A empresa também planeia abastecer o sul de Moçambique a partir de Nacala, bem como explorar a rota marítima para exportação às Maurícias e Seicheles. Existe igualmente interesse em expandir a presença da marca na região dos Grandes Lagos, recorrendo ao Porto de Dar es Salaam como ponto de ligação.

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As obras da nova unidade fabril encontram-se 35% executadas, prevendo-se a sua entrada em funcionamento ainda durante o presente ano. A Dugongo Cimentos manifestou a intenção de praticar preços mais acessíveis, embora tenha ressalvado que tal dependerá da concorrência e da vontade política do Governo. Neste momento, decorrem negociações entre o Executivo, a Dugongo Cimentos e outras cimenteiras – Cimentos de Moçambique, Força, LIMAK e IMO – visando encontrar uma solução que beneficie todas as partes.

A iniciativa da Dugongo Cimentos em recorrer ao transporte marítimo de cabotagem representa um contributo do ao esforço governamental de reactivação desta modalidade de . Embora o navio recentemente chegado a Nacala seja o primeiro da empresa, não é o primeiro navio de cabotagem a operar no país. Em 2024, entrou em funcionamento o , e a necessidade de um segundo surgiu como resposta ao aumento da procura e ao desejo de alinhar com os planos nacionais de revitalização da cabotagem costeira.

Para o , a reactivação da cabotagem oferece diversas vantagens económicas e logísticas, sendo o envolvimento do sector privado decisivo para a viabilização da actividade. Actualmente, existem dois operadores privados activos. Na cerimónia de apresentação dos navios, estiveram presentes a Câmara de Comércio de Moçambique e a Confederação das Associações Económicas (CTA), com o objectivo de promover a iniciativa junto de outros agentes económicos. O Executivo pretende transferir entre 10% e 20% da carga actualmente transportada por via rodoviária para a via marítima, o que seria considerado um avanço significativo para a da cabotagem.

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Após o processo de reabilitação, modernização e ampliação, o Porto de Nacala regista agora uma média de 40 navios por mês, número superior ao registado antes das intervenções. Com dois cais operacionais, o porto permite a atracagem simultânea de até cinco embarcações, consolidando a sua importância estratégica para o norte de Moçambique e para o comércio regional.

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