Projecto de desenvolvimento das Nações Unidas em Moçambique: Estão em construção dezassete casas resilientes, oito escolas primarias e três mercados rurais
Os governos, Chinês, de Moçambique e o PNUD assinaram na manhã desta quarta-feira, 10, um acordo a recuperação resiliente de infra-estruturas comunitárias e edifícios públicos após o ciclone Idai.
Reportagem 11.11.2021. Por: NELSA GUILIMA
O representante residente Adjunto do programa de desenvolvimento das Nações Unidas, Francisco Roquette, disse em conferência de imprensa que o projecto de reconstrução pós Idai, faz parte dos resultados de um apoio financeiro, totalizando 11 milhões dólares norte americanos, no âmbito do fundo de assistência de cooperação SUL-SUL. As quatro organizações das Nações Unidas , incluindo o PNUD, contruiram 8 escolas, 3 mercados e novas casas para 17 famílias mais afectadas pelo ciclone Idai.
Roquette disse ainda que através do apoio no valor total de 2 milhões de dólares, foram reconstruidas 8 escolas, um mercado. O valor remanescente também foi usado na prestação da assistência médica, produtos alimentares e outras actividades humanitárias realizadas pela UNFPA, UNICEF E WFP.
Ainda nesta senda de apoios, o Governo Chinês ofereceu o primeiro donativo de 5739 toneladas de arroz e 1 milhão de dólares americanos, e ainda enviou uma equipa de resgate composta por 65 profissionais no local do desastre.
Nesse contesto a parte chinesa propôs ao quadro das Nações Unidas, duas iniciativas novas, nomeadamente o Desenvolvimento Global e a iniciativa da parceria para o desenvolvimento de África, visando fortalecer a cooperação com as organizações especializadas da Organização das Nações Unidas juntando concessões da comunidade internacional para acelerar a implementação da agenda 2030 no desenvolvimento sustentável global.
Na sua intervenção, Luís Mandlate, Director Executivo do Gabinete de Reconstrução pós IDAI, disse que as infra-estruturas públicas resilientes são construídas e actualizadas para restaurar serviços essenciais, fornecendo educação e serviços socioeconómicos a longo prazo que podem servir de abrigo para populações afectadas por ciclones. As escolas irão beneficiar 5.023 alunos e 92 professores, e os mercados beneficiarão mais de 3.300 pessoas.
Mandlate acrescentou que os edifícios terão rampas de acesso para deficientes e sistema eléctrico via painéis solares, as salas de aulas serão equipadas com carteiras, mesas, cadeiras, quadros e um sistema de captação de água da chuva com capacidade3 de 10 litros.
O projecto de reconstrução pós-ciclone Idai faz parte dos deslocadas que vivem no bairro de reassentamento de Mandruzi, do qual beneficia na sua maioria pessoas com deficiência ou doenças crónicas que são as maiores vítimas.