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São Dâmasso submerso: falta de drenagem obriga famílias a abandonar casas

Moradores do bairro São Dâmasso, na Matola, denunciam o abandono de um projecto de sucção de águas paradas, deixando diversas casas submersas. Autoridades municipais ainda não apresentaram uma solução definitiva.

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São Dâmasso submerso: falta de drenagem obriga famílias a abandonar casas

Matola, Os do bairro São Dâmasso, no município da Matola, estão a viver um verdadeiro drama devido à estagnação de águas pluviais, que tem invadido residências e forçado muitas famílias a abandonar as suas casas. A situação, segundo os residentes, deve-se ao abandono de um projecto municipal de sucção de águas paradas, que teve início, mas foi interrompido devido a uma alegada avaria na motobomba utilizada para a drenagem.

A problemática afecta particularmente os quarteirões 78, 79 e 91, onde várias habitações encontram-se submersas, tornando o local praticamente inabitável. Os moradores afirmam que, inicialmente, a acção da motobomba foi eficaz, mas durou apenas algumas semanas antes de ser desactivada, sem que houvesse uma solução definitiva para a drenagem.

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Falta de respostas e desespero da

Os residentes denunciam o silêncio das autoridades municipais sobre o paradeiro da motobomba e as que serão tomadas para conter a situação. Segundo Vasco Filipe, um dos moradores afectados, “o município trouxe a bomba, mas não demorou, trabalhou apenas por três semanas e depois foi retirada. Desde então, a água continua a invadir as casas e nós ficamos sem respostas.”

Outro ponto preocupante levantado pela população é o aumento da criminalidade na área. Com muitas casas abandonadas, grupos de criminosos aproveitam-se da situação para invadir residências desocupadas, roubando bens deixados para trás. Além disso, há relatos de cobras e outros animais perigosos a proliferar na zona, aumentando ainda mais os riscos para aqueles que ainda resistem em suas habitações.

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Impacto na Pública

A água estagnada tornou-se um foco de doenças. Com a transbordar e sem um sistema de esgoto funcional, o risco de surtos de cólera e outras doenças de origem hídrica é iminente. Titas João Mchanga, uma moradora do bairro, afirma que a situação já se arrasta há dois anos. “A minha está dentro da água, toda destruída. Os peixes entram dentro de casa, e não temos onde fazer as nossas necessidades. Muitas pessoas já abandonaram, e as poucas que ainda resistem vivem em condições sub-humanas,” lamenta.

Possíveis Soluções

Os moradores sugerem que o município invista em infra-estruturas de drenagem a longo prazo, como a escavação de valas e a instalação de anilhas para facilitar o escoamento das águas. Outra proposta passa pela criação de um sistema de desvio das águas para uma zona específica, evitando que continuem a acumular-se nas áreas residenciais.

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Algumas vozes locais também defendem a possibilidade de transformar a área num espaço útil para a comunidade, como um tanque de piscicultura ou até um ponto turístico, caso a água não possa ser completamente drenada.

Apelo às Autoridades

A população exige a intervenção urgente do , Júlio Parruque, para avaliar de perto a situação e encontrar uma solução definitiva. O desespero é grande, e os moradores alertam que, sem uma resposta concreta, a zona pode tornar-se completamente inabitável, forçando mais famílias ao êxodo forçado.

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O bairro São Dâmasso é apenas um dos muitos exemplos de comunidades que enfrentam semelhantes na província e cidade de , onde as inundações têm sido um problema recorrente sem soluções estruturais a longo prazo.

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