O candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, esteve reunido no passado sábado com um grupo de mulheres da Província e Cidade de Maputo. Na ocasião, Chapo vincou a ideia de que para Moçambique desenvolver é necessário investir na mulher por ser está uma gestora por excelência. Chapo apontou igualmente na necessidade de apostar na criação de Banco virado para financiar projectos das mulheres e dos jovens.
Em mais uma actividade de revitalização das bases rumo às eleições Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais, o secretário-geral e candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo ouviu as preocupações das mulheres da cidade e província de Maputo. As mulheres afloraram a questão de investimentos para esta camada social bem ainda a questão da segurança da Terra, pois, algumas mulheres que depende da produção agrícolas são arrancadas as suas terras de cultivos o que prejudica o seu desenvolvimento. Chapo ouviu atentamente as preocupações e em jeito de resposta replicou recordando que recentemente foi aprovado, pelo Comité Central da Frelimo, o manifesto eleitoral que faz referência especial à necessidade de trabalhar com especial atenção para jovens para as mulheres. De acordo com as explicações dadas pelo candidato da Frelimo, cerca de 60 a 70 por cento dos eleitores que vão votar nas próximas eleições são jovens, dos quais nasceram em 2006, o que significa que não tem nenhuma ligação com o passado e, por isso, devem ser atendidas as suas preocupações específicas.“Como sociedade só podemos crescer e desenvolver se tivermos a mulher como empresária. A mulher é uma das melhores se não, a melhor gestora que nós temos. Eu próprio que estou a falar aqui costumo ficar admirado lá em casa por que às vezes num sábado levo500 Mt ou 1000 Mt e vou ao mercado volto sem nada, mas a mamã Gueta quando leva o mesmo dinheiro vai para o mercado volta com 2 plásticos cheios e eu às vezes pergunto, mas será que passou a levantar outro dinheiro”, começou por Explicar Chapo. Acrescentou que se nós realmente queremos desenvolver é importante apostar na mulher e nos jovens porque são o futuro do nosso país.“Para as minhas mães, mulheres rurais, estou muito feliz com a presença delas aqui. Eu sou filho de uma mulher rural, há uns amigos que acabaram indo lá para Dondo onde ela vive e fizeram um vídeo que está circular por estes dias, onde ela dizia que meu filho na segunda e sexta-feira ele ia escola, mas sábado ia comigo a machamba. Portanto, ela tem uma machamba até hoje que dista cerca de mais de 10 km, ida e volta ela faz aproximadamente mais de 20 km ou aproximadamente 30 km por dia. O que me impressiona é que mesmo que eu diga a ela que mama quantos sacos de arroz você faz por ano quero comprar arroz novo para te entregar para não ir à machamba, ela costuma dizer você, meu filho quer me matar nem?”, disse Chapo. Numa outra abordagem, Daniel Chapo disse ter ouvido atentamente o clamor das mulheres presentes no encontro, principalmente das mulheres empreendedoras que clamam por linhas de financiamento para os seus projectos de desenvolvimento. “No nosso manifesto eleitoral estamos a prever a criação de um Banco de Desenvolvimento porque precisamos ter um banco nacional virado para o desenvolvimento. Este Banco vai permitir que haja linhas de financiamento específicas para jovens, para mulheres, para as pequenas e médias empresas, por tanto, que podem realmente promover e incentivar um desenvolvimento acelerado”, explicou Chapo. O candidato da Frelimo recordou-se ainda de quando era governador da Província de Inhambane havia muitos desafios no tocante a Terra porque muitas mulheres não tinham nenhuma independência perante os seus maridos o que dificultava a obtenção do Direito de Uso e Aproveitamento da Terra (DUAT) “Lembro-me em Inhambane, quando estávamos afazer este processo com o programa Terra Segura, existiam mulheres que têm os seus maridos na África do Sul, nas minas, que quando nós chegávamos com os técnicos para fazer levantamento topográficos, tirar as coordenadas para saber onde começa, onde termina o terreno, chamávamos a senhora para dizer a ela que tinha que dar o seu BI ou um documento para poderem passar o Direito de Uso e Aproveitamento em nome delas, mas elas diziam que não podiam porque o marido não está, tem que esperar o marido regressar de férias, geralmente em dezembro ou janeiro, porque o título tinha que estar em nome do marido”, começou a explicar. Acrescentou que “havia situações em que ela vivia ela até era herdeira do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra, os pais deixaram o terreno com ela, casou, mas mesmo assim ela preferia passar o Direito de Uso e Aproveitamento de Terra em nome do marido do que em nome dela”.
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