Os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) vão adoptar uma plataforma regional sobre o Sistema Integrado de Aviso Prévio e Acção Antecipada para responder, com eficácia, à ocorrência e intensidade dos eventos extremos da natureza, como ciclones e cheias.
De acordo com as Nações Unidas, apenas 40% da população africana tem acesso à informação de alerta prévia sobre a ocorrência de eventos climáticos extremos, que já causaram vários prejuízos económicos, humanos e ambientais.
Para permitir que mais pessoas tenham acesso a essa informação, os países da África Austral estão reunidos, em Maputo, para criar um mecanismo que permitirá a partilha e disponibilização em tempo útil de informação prévia, como explicou o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Mateus Magala.
“Estamos a começar a fazer a integração para que possamos saber, com antecedência, quando é que esses eventos vão ocorrer e tomarmos medidas de mitigação para salvar vidas e bens”, disse Mateus Magala. Ainda de acordo com o ministro dos Transportes e Comunicações, será inaugurado, nos próximos dias, um radar com um raio de 400 km, que vai contribuir para a monitoria de ocorrência desses eventos climáticos.
“Neste momento, por exemplo, estamos a construir um radar muito grande financiado pelo Banco Africano na Beira, isto vai aumentar muito a capacidade não só para Moçambique, como também para a região, tendo em conta que tem a capacidade de alcançar 400 km.”
Será assinado, ainda, a declaração de Maputo, em que os Estados-membros vão firmar o seu comprometimento nesse instrumento que, depois, vão identificar as fontes de financiamento para a operacionalização do mecanismo.
As Nações Unidas afirmam que há uma tendência de aumento de ocorrência de desastres naturais, entretanto reduzem as vítimas mortais e espera-se que, até 2030, os países sejam mais resilientes às mudanças climáticas.
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