“Crise política em Moçambique: tribunal congela ativos de Venâncio Mondlane enquanto tensões pós-eleitorais se intensificam.”
O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo solicitou o bloqueio das contas bancárias de Venâncio Mondlane(BAYPORT), Candidato independente suportado pelo partido PODEMOS, num movimento que intensifica a crise política após as disputadas eleições gerais de 09 outubro de 2024.
Mondlane, que se autoproclamou vencedor das presidenciais, alega que os resultados oficiais foram manipulados para beneficiar a FRELIMO, partido no poder desde a independência.
A eleição gerou protestos em várias cidades, incluindo Maputo, Beira e Nampula, com milhares de pessoas exigindo a “restituição da vontade popular”. A Comissão Nacional de Eleições declarou vitória para Daniel Chapo, da FRELIMO, mas resultados paralelos apresentados pelo PODEMOS indicam Mondlane como vencedor com 53% dos votos.
O presidente Filipe Nyusi na comunicação à nação feita esta terça-feira, convidou Mondlane e outros candidatos presidenciais para um diálogo, buscando resolver os conflitos crescentes. Contudo, analistas veem dificuldades no diálogo, com as duas partes firmes nas suas posições: Mondlane exige a validação da sua vitória e a FRELIMO, mesmo aberta ao diálogo, parece relutante em ceder o poder.
Fora isso, há um processo cível intentado pelo Ministério Público contra Venâncio Bila Mondlane, o que não ajuda e nem abre portas para possível negociação ou diálogo rumo a soluções pacíficas no país.
A situação continua tensa, com o bloqueio de contas sendo interpretado como uma tentativa de pressionar Mondlane. Protestos persistem, enquanto uma parte da oposição clama por transparência eleitoral e a realização de novas eleições como solução para a crise.
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