Donald Trump defende envio da Guarda Nacional para Los Angeles e classificou os manifestantes como “insurreccionistas pagos”, numa declaração polémica onde atacou directamente os governadores democratas e justificou a intervenção militar como essencial para restaurar a ordem.
Segundo Trump, a intervenção federal impediu que Los Angeles fosse destruída. “Se não tivéssemos actuado, LA estaria a arder até ao chão”, afirmou. Para ele, o cenário era de cerco total. Por conseguinte, considerou a operação militar como uma “tragédia evitada”.
Acusações de violência planeada
Trump usou uma linguagem directa ao descrever os manifestantes. Ele chamou-os de “insurreccionistas pagos” e “desordeiros”. Conforme explicou, os grupos partiram o passeio para usar pedaços de granito e betão como armas. “Olham-te na cara e cospem-te. São animais”, disse.
Além disso, afirmou que as acções seguiam um plano logístico. “Ninguém parte pedra do passeio com ferramentas próprias por acaso. Eles entregam isso a outros como se fosse uma arma. Isto foi um desastre planeado”, sublinhou. Assim, o ex-presidente reforçou a ideia de que os protestos foram organizados com intenções hostis.
Governadores sob forte crítica
Durante a intervenção, Trump também criticou os governadores da Califórnia e de Minnesota. Gavin Newsom, da Califórnia, foi qualificado como “incompetente”. De igual modo, Tim Walz foi acusado de deixar Minneapolis arder.
Além disso, Trump declarou que, se esses líderes não conseguem lidar com crises, “talvez não mereçam liderar”. Numa conversa telefónica, disse ter avisado Newsom: “Está a causar mortes. Se não enviássemos a Guarda Nacional, teria sido um desastre”.
Justificação para envolver os Marines
Em resposta às críticas sobre a presença dos Marines, Trump explicou que estes militares estão preparados para situações extremas. “Quando vejo pessoas a atirar betão contra carros da polícia, percebo que precisamos de uma resposta proporcional”, afirmou. Por conseguinte, considerou a sua presença essencial.
Christie, também presente, apoiou a decisão. Conforme afirmou, “estes Marines foram treinados especificamente para responder às necessidades no terreno”.
Presença militar até ao fim da ameaça
Questionado sobre a duração da presença militar, Trump foi directo. “Ficarão até não haver perigo. É simples”, declarou. Para ele, a lógica é de senso comum.
“Quando o perigo desaparecer, eles recuam”.
Segundo o ex-presidente, a violência diminuiu devido à resposta firme. “Responderam com força pesada. Os agitadores recuaram”, observou. Portanto, considera que a medida foi eficaz.
Imigração, criminosos e resposta a protestos futuras
Trump abordou também questões de imigração. De acordo com ele, o ICE está a remover criminosos que entraram nos EUA durante a presidência de Biden. “Estavam em prisões e instituições mentais. Vieram de todo o mundo”, denunciou.
Adicionalmente, deixou um aviso. “Se houver protestos semelhantes noutras cidades, a resposta será igual ou ainda mais forte”, garantiu. Como resultado, o ex-presidente quer dissuadir futuras manifestações com o uso da força.
Claudia Sheinbaum e celebrações militares
Trump reagiu às declarações da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum. Ela condenou a violência em LA. Contudo, Trump respondeu: “Também condeno a violência, mas fui eu quem a parou”.
Por fim, anunciou celebrações pelo 250.º aniversário do Exército dos EUA e pelo Dia da Bandeira. Advertiu: “Se algum manifestante aparecer, será tratado com firmeza”.