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Internacional

Trump Inaugura Nova Era de Imperialismo Global?

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Nos primeiros meses de seu governo, Donald Trump fez propostas que geraram especulações sobre uma nova era de imperialismo. Entre suas ideias estavam a exploração de minérios na Ucrânia, o controle da Faixa de Gaza, a compra da Groenlândia, e a anexação de territórios como o Canal do Panamá. Para especialistas, esse tipo de postura imperialista pode ter sérias consequências globais, especialmente pelo uso de tácticas como a ameaça militar e as tarifas comerciais para ampliar a influência dos EUA no mundo.

Trump e a Nova Era de Imperialismo Global?

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Num período de apenas dois meses após assumir a presidência, Donald Trump fez declarações e sugeriu ações que despertaram preocupações sobre uma possível nova era de imperialismo americano. Entre suas propostas estavam a exploração dos minérios da Ucrânia, a compra da Groenlândia, o controle do Canal do Panamá, a anexação da Faixa de Gaza e até a ideia de transformar o Canadá em um estado americano.

Essas acções têm gerado intensas discussões. A jornalista Julia Braun, da BBC Brasil, analisa como Trump tem adotado um comportamento distinto de seus predecessores, propondo a expansão do território americano e o aumento da influência global através de uma retórica imperialista. Em seu vídeo, Braun explica que, enquanto a prática imperialista tradicional envolvia a expansão territorial e a colonização, o que se vê actualmente é um tipo de neoimperialismo, em que potências globais como os Estados Unidos buscam expandir sua presença militar e econômica no exterior, controlando regimes e estabelecendo bases em países chave.

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Trump é o primeiro presidente em mais de 100 anos a fazer declarações de ampliação do território americano. Mesmo antes de assumir, ele mencionou planos para o controle do Canal do Panamá, a Groenlândia e sugeriu até a possibilidade de tomar a Faixa de Gaza. Mais recentemente, propôs um acordo com a Ucrânia para explorar seus recursos minerais, alegando que os Estados Unidos deveriam ser compensados pelos bilhões de dólares enviados ao país durante a guerra com a Rússia.

Essas propostas alarmaram analistas, que veem em suas palavras a retórica de uma política agressiva de expansão e controle. A análise histórica de Eric Storm, historiador consultado no vídeo, sugere que a postura de Trump em relação a alguns países remete a estratégias de grandes impérios do passado, como o Romano ou o Britânico, cujos objetivos de controle territorial e político são evidentes. No entanto, Storm observa que tais propostas podem ser mais uma tática de negociação do que uma verdadeira intenção de expansão territorial.

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Uma parte significativa da política externa de Trump segue o modelo da “cenoura e do porrete”, que envolve tanto incentivos quanto punições para garantir alianças e alcançar acordos. Para o analista Andrew Mumford, a retórica de Trump pode ser interpretada mais como uma estratégia para agradar seu eleitorado interno do que uma real tentativa de transformar os Estados Unidos em um império global. Já a historiadora Naoko Shibusawa acredita que muitas das ameaças de Trump são apenas bravatas, sem fundamentos sólidos.

No entanto, a retórica explícita de Trump sobre a expansão do território americano pode incentivar outras potências a adotar estratégias semelhantes, o que poderia sinalizar o início de uma nova era de imperialismo na política mundial. O debate sobre as reais intenções de Trump e suas possíveis consequências para a ordem internacional segue em aberto, com especialistas atentos ao desenrolar das ações do governo dos EUA.

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Fonte: Julia Braun, BBC Brasil.

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