Durante o discurso do informe anual do Estado da Nação, o Presidente da República, se viu obrigado a ficar em silêncio, estranhando o barulho e a contestação feita pela bancada da RENAMO, que gritava abaixa…
O PR até tentou aumentar o tom da sua voz na tentativa de ignorar as contestações, mas teve que parar, porque a situação era intolerante.
Veja o vídeo:
A bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição, vaiou e interrompeu momentaneamente hoje o discurso do chefe de Estado moçambicano durante o informe anual sobre o Estado da nação no parlamento.
“O povo está a ouvir e nós vamos continuar”, disse Filipe Nyusi, pouco tempo depois de interromper o seu discurso, uma situação que ocorreu pelo menos três vezes.
Mesmo com a chamada de atenção da presidente do parlamento, os deputados da Renamo continuaram a cantar e gritar, impossibilitando a percepção do discurso de Filipe Nyusi, que tentava falar mais alto.
A Renamo conduz um pouco por todo país protestos contra aquilo que chama de megafraude nas eleições autárquicas de 11 de Outubro.
O Conselho Constitucional (CC), órgão de última instância da justiça eleitoral com competência para validar as eleições em Moçambique, proclamou em 24 de Novembro a Frelimo vencedora das eleições autárquicas em 56 municípios, contra os anteriores 64, com a Renamo a vencer quatro, e mandou repetir eleições em outros quatro.
As ruas de algumas cidades moçambicanas, incluindo Maputo, foram tomadas por consecutivas manifestações da oposição contra o que consideram ter sido uma “megafraude” no processo das eleições autárquicas e os resultados anunciados pela CNE, criticados também pela sociedade civil e organizações não-governamentais.
Descubra mais sobre Jornal Visão Moçambique
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.