O Presidente da Autarquia de Quelimane, diz que Venâncio Mondlane está dentro dos seus direitos, ao colocar na barra da Justiça as entidades superiores da RENAMO, como forma de exigir a marcação da data do Congresso Nacional, do maior partido da oposição moçambicana.
“O que eu acho é que não deveríamos ter ido ao tribunal, a minha estratégia, dever-se-ia ter convocado um terço dos membros, que é aquilo que o estatuto da RENAMO diz, porque quem pode convocar a sessão do Conselho Nacional ou o Congresso, é um terço dos membros do Conselho nacional, nós ainda não esgotamos esse preceito legal. Deveríamos ter ido primeiro para a convocação do Conselho ou do Congresso através desse ⅓, e se não fosse convocado, aí em última instância iríamos para o tribunal”.
Manuel de Araújo, que também é conselheiro nacional da RENAMO, entende que Mondlane, poderia ter usado outras vias.
“É verdade que se eu fosse o assessor do Venâncio não iria aconselhar a fazer o que ele fez, mas ele tem o direito de fazer, por uma razão muito simples: acho que não esgotamos ainda os meios internos, eu pessoalmente disse isso à imprensa em Dezembro. Aproximei-me do Presidente da Mesa do Conselho Nacional que é o professor Leopoldo e o alertei dos prazos, de que nós primeiro tínhamos que convocar uma sessão do conselho nacional e depois uma sessão do Congresso para que estivéssemos a respeitar aquilo que são os estatutos da RENAMO”.
O também Conselheiro do partido RENAMO, diz que a democracia por vezes é dolorosa e amarga.
“A Democracia é mesmo assim, a democracia dói às vezes, a democracia é boa, a democracia é doce, às vezes a democracia amarga, mas, é importante que a RENAMO como pai da democracia, convoque o congresso, é só convocar o congresso, é de lei, e a reunião do conselho nacional, como vocês sabem, já foi convocada, não vejo nada que esteja perdido”, disse de Araújo, adiantando que a reunião vai decorrer e será nela que sairá a marcação do Congresso Nacional.
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