sex. fev 7th, 2025

VENÂNCIO MONDLANE OFICIALIZA ROMPIMENTO COM O PODEMOS – “ANAMALALA”

VENÂNCIO MONDLANE OFICIALIZA ROMPIMENTO COM O PODEMOS - "ANAMALALA"

É através de um documento denominado decreto Presidencial n.º 2, que Venâncio Mondlane ou simplesmente “VM7”, oficializou o rompimento com o Partido Podemos, cuja união estendia-se até 2028.

De causas a efeitos VM7 refere que “nem tudo na vida é dinheiro e posições…!” O documento contém um comunicado de imprensa do Gabinete do Presidente do Povo, anunciando o fim das relações com o partido PODEMOS. O comunicado é assinado por Dinis Tivane em Maputo, a 4 de Fevereiro de 2025.

Doc2

Eis os principais pontos do documento:

  • O partido PODEMOS é acusado de agir contra a vontade do povo e de forma madrugadora para tomar posse na República. Alega-se que o partido não está a defender a luta política, a salvação de Moçambique, mas sim a obsessão de bens materiais ou vantagens financeiras com base no sacrifício do povo.
  • O documento afirma que os princípios e valores são o que guia a trajectória política do Presidente do Povo.
  • O documento acusa o partido PODEMOS de ser a causa da morte de pessoas, que perderam emprego e património. Essas pessoas teriam sido obrigadas a fugir para parte incerta, e a ferida seria agravada por sequelas vitais. O documento menciona haver rumores de sacrifícios consentidos pelos milhares de anónimos espalhados pelo país e na diáspora.
  • O partido PODEMOS é criticado por ter um diálogo que se distancia das reivindicações legítimas do povo, buscando apenas a obtenção de somas avultadas de dinheiro e de viaturas de marca. O documento afirma que o partido PODEMOS se ofereceu para vender a luta do povo, e que não está a ser coerente com os seus sacrifícios.
  • O partido PODEMOS é acusado de não apresentar uma agenda concreta ou termos de referência, e de usar um “suposto” diálogo onde não se conhece a quem vai beneficiar. É alegado que o partido distribui mordomias, benesses e privilégios individuais, sendo esta uma velha táctica de acomodação sob a máscara de “inclusão”.
  • O documento também critica um acordo entre o partido PODEMOS e uma maioria dominante que visava agraciar o nosso movimento com uma percentagem de 8%, acusando o partido PODEMOS de recusar cumprir esse acordo coligado assinado a 21 de Agosto de 2024, em Manhiça. Apesar disso, o documento reconhece longos esforços de diálogo que não produziram resultados. É alegado que a agenda do partido consistiu em replicar as profundas revoltas do povo. O documento alega que o partido PODEMOS mostrar-se insensível e inflexível e que não valeu o papel que ele próprio assinou.
  • O documento afirma que a vida não se trata de dinheiro e posições, e expressa respeito pela dor de milhares de moçambicanos que pagaram com o seu sangue, membros mutilados, sequestros, execuções sumárias e extrajudiciais ou ainda privação de liberdade. O Presidente do Povo renuncia a todos os seus direitos e prerrogativas a favor do partido PODEMOS.
  • Por fim, o documento anuncia ao Povo e às demais entidades o fim da relação com o partido PODEMOS e o accionamento de uma circular interna com instruções de novas negociações a nível nacional e no exterior em conformidade.

Facebook Comments


Descubra mais sobre Jornal Visão Moçambique

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Related Post

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x

Descubra mais sobre Jornal Visão Moçambique

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading