A ordem “votou ficou”, foi enraizada por Lutero Simango, no Sábado, 07.10.2023, durante uma entrevista especial ao Jornal Visão Moçambique, fazendo o rescaldo da campanha eleitoral que fecha este Domingo em território nacional.
Para o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique, a única forma de lutar pelo voto significa respeitar as leis e a democracia, isto, no entender de Simango, “é a única forma de garantir que a FRELIMO ou qualquer intruso sabote a confiança popular para com os candidatos à presidência dos municípios”.
A ordem de Lutero Simango, responde ao apelo feito pelo Comandante Geral da PRM, que apela a não permanência dos eleitores nas mesas de voto após o exercício do dever cívico.
AVALIAÇÃO DA CAMPANHA ELEITORAL
O líder do Movimento Democrático de Moçambique, diz estar satisfeito pelo trabalho feito pelos cabeças-de-lista e faz uma avaliação positiva da campanha eleitoral rumo às eleições autárquicas, pois a mensagem que o partido pretendia transmitir chegou aos munícipes, porém, considera a advertência feita pelo Comandante Geral da PRM, Bernardino Rafael, para que os eleitores abandonem as assembleias de voto depois de exercerem o direito cívico, uma intimidação pública que não pode ser acatada, pois, “é uma violação da liberdade estabelecida por lei, que permite o cidadão eleitor ficar a trezentos metros de distância da assembleia, após ter votado”.
Lutero Simango, considera ainda que o envolvimento da polícia em actos políticos é uma intimidação ao seu partido, bem como ameaça à democracia do país.
O Presidente do Movimento Democrático de Moçambique, diz ter acompanhado um caso de detenção deliberada de dois delegados do MDM na cidade da Beira, província de Sofala, que ainda aguardam a sentença, por sinal, marcada para Terça-feira(10.10.2023), um dia antes do dia da votação.
Em relação a não emissão de credenciais para os demais delegados, Simango, associa o caso a uma perseguição política e aponta para a “justiça popular” para evitar fraude eleitoral, caso STAE/CNE não atribua credenciais aos seus homens.
Cerca de 8,7 milhões de eleitores vão votar nas sextas eleições autárquicas da história do país no próximo dia 11.
Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas, incluindo 12 novas autarquias, que se juntam a 53 já existentes.
Nas eleições autárquicas de 2018, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove — a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em oito e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.
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