Professor da disciplina de português, com 23 anos de experiência, Enoque Domingos Zaqueu foi, forçosamente, transferido da escola secundária geral de Maguiguane, na vila municipal de Milange, na província da Zambézia, para a escola primário Mutomeia III, localizada há 15 quilómetros fora do raio autárquico.
O director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia de Milange tomou essa decisão dias após o visado, que foi cabeça-de-lista do partido Renamo nas últimas autárquicas, ter tomado posse como membro da Assembleia Autárquica local e ter sido eleito 2º vice-presidente do órgão.
Conta a vítima que “a seguir [da tomada de posse], os Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT) de Milange, na pessoa do seu director, Sr. Aníbal Mário Inoque Fombe, emitiram uma Ordem de Serviço transferindo-me da Escola Secundária Geral Maguiguane para a Escola Primário Mutomeia III localizada a 15 km fora do raio autárquico, alegando de que a função de docente no ensino secundário não é compatível com a de membro da Assembleia Municipal”.
Segundo conta Zaqueu, num cenário de “dois pesos e duas medias”, “um colega professor, que é pedagógico da mesma escola onde estou afecto, o Sr. Abubacar, tomou posse como membro da mesma Assembleia Municipal pela lista da FRELIMO”.
Enoque Zaqueu entende que a sua transferência “tem motivação política”, por isso “faço esta denúncia pública e solicito os bons ofícios do Egrégio Provedor de Justiça a repor a ordem e a mandar anular a injusta, ilegal e politicamente motivada transferência”.
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