O Consórcio Mais Integridade disse, esta quarta-feira, em comunicado, que as graves irregularidades verificadas na repetição das eleições no município de Marromeu “não permitem, a nenhuma instituição, declarar, com qualquer credibilidade e certeza, qual foi a lista vencedora”.
Segundo o comunicado do Mais Integridade, as irregularidades incluíram interrupção da contagem de votos, em muitas mesas, para os respectivos presidentes realizarem “consultas” entre si e com representantes do partido Frelimo antes de concluírem o processo e preencherem os editais; a saída de presidentes de várias mesas com os editais sem os afixarem; o excessivo número de votos nulos que é maior do que a diferença de votos entre as duas listas mais votadas, entre outras, que colocam em causa a integridade, transparência e a credibilidade do processo.
Por isso, “Consórcio Eleitoral Mais Integridade conclui que cabe, agora, aos órgãos competentes, nomeadamente a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Conselho Constitucional CC), tomar as necessárias medidas correctivas”.
O consórcio refere que das 41 mesas existentes, os seus observadores conseguiram obter os resultados de 39. Nas outras duas mesas, 050331-01 e 050331-05, da EPC 25 de Junho, não foi possível ter os resultados porque “os respectivos presidentes de mesa expulsaram os observadores da sala, exactamente quando iam iniciar as operações de contagem. Até às 3 horas da madrugada, os editais ainda não tinham sido afixados, apesar de a contagem de votos ter terminado muitas horas antes”.