Por: Dávio David
O Director do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia, em Gurué, na província da Zambézia , Horácio Fernando, mandou transferir recentemente, para fora do raio autárquico daquela parcela do país, um professor que é membro “incomodo” do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Trata-se do professor Agostinho Auezo Luís Morgado, que durante as últimas eleições autárquicas e gerais, denunciou muitas irregularidades eleitorais na província da Zambézia.
De acordo com uma guia de transferência que o Visão Moçambique teve acesso, assinado pelo respectivo Director do Serviço da Educação, Horácio Fernando, o professor Agostinho Morgado foi transferido para Escola Básica de Moneia, não para dar aulas, mas para exercer funções na secretaria da escola.
Entretanto, segundo o próprio professor Agostinho Morgado, a estranha transferência, trata-se de um acto de intolerância política, visto que segundo ele, foi muito crítico pela “verdade eleitoral” no distrito de Gurué.
“Um exemplo prático, é que em momentos de recenseamento eleitoral denunciei a questão de impressão de cartões eleitorais na calada da noite no armazém do STAE distrital de Gurué, e não só, mas também denunciei muito mais actos malignos contra a verdade eleitoral e como retaliação fui substituído, logo após o anúncio dos resultados eleitorais e ficou combinado ainda que deviam me enviar para fora do raio autárquico ou fariam de tudo para que eu perdesse emprego”, lamenta professor Morgado.
Um pouco por todo país, tem estado a ocorrer transferências compulsivas de professores que são membros críticos pertencentes a partidos da oposição para fora do raio autárquico e outras acções administrativas, consideradas de “intolerância política “.
