Por: Dávio David
O jornalista Salomão Moyana defende que há forças reaccionárias dentro do Aeroporto Internacional de Maputo que desarticulam os esforços do governo no esclarecimento de casos “insólitos” naquela empresa pública.

Segundo Salomão Moyana, primeiro, não faz sentido que a Polícia da República de Moçambique (PRM) tenha detido um grupo de pessoas supostamente envolvidas no esquema do desaparecimento da mala com 20 kg de cocaína, sem antes investigar, lamentando que a “nossa polícia continua a prender pessoas para depois investigar, enquanto deveria ser o contrário.
“Mas são tantas coisas estranhas que estão a acontecer no país, e sobretudo no Aeroporto, em particular, sobretudo, naquele conjunto de edifícios do Aeroporto que é espantoso. Ouvi dizer do ministro dos Transportes e logísticas que (também) desapareceram todos os computadores do sector técnico da LAM no dia 9, como é que isso é possível?”, questiona Moyana.

Para Moyana, esse “sistema de coisas” dentro do Aeroporto Internacional de Maputo, dá entender que há forças contrárias aos esforços do governo.
“Eu fico preocupado porque o nosso governo, aparentemente, tem consciência de que na LAM e naqueles edifícios do Aeroporto, há forças reaccionárias que agem contra as medidas que o governo quer implementar”, disse Moyana.
Aliás, na óptica de Salomão Moyana, também parece que a tal “força reaccionária” também morra dentro do próprio governo, em particular dentro da própria Polícia.
É que sistematicamente, o governo tem anunciado com pompa, o Interesse em combater o tráfico de drogas na Costa moçambicana, mesmo sem barcos para patrulha marítima, e com agentes policiais despreparados e mal remunerados, outrossim, sem capacidade sequer para combater o tráfico de drogas no bairro da Zona Militar, mais conhecido por Colômbia, na cidade de Maputo.
Salomão Moyana falava neste domingo durante um programa televisivo na MBC TV.