A China tem unido esforços com países de todo o mundo para empoderar mulheres. Da Ásia à África, histórias inspiradoras de cooperação e progresso conjunto estão a acelerar o avanço global da causa feminina.

A China tem unido esforços com países de todo o mundo para empoderar mulheres. Da Ásia à África, histórias inspiradoras de cooperação e progresso conjunto estão a acelerar o avanço global da causa feminina.
“As mulheres são criadoras de riqueza material e espiritual, e representam uma força importante que impulsiona o desenvolvimento e o progresso social”, afirmou o Presidente chinês, Xi Jinping.
Xi fez esta observação ao presidir à Reunião Global de Líderes sobre Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque, em 27 de Setembro de 2015, onde apresentou o compromisso da China com o avanço do desenvolvimento feminino e a cooperação internacional.
Na última década, a China deu passos significativos na promoção do desenvolvimento integral das mulheres. Inúmeras chinesas têm-se destacado em diferentes áreas, contribuindo com força e sabedoria para a paz e o desenvolvimento globais, bem como para a protecção de mulheres e crianças.
Ao mesmo tempo, a China tem colaborado com diversos países para empoderar mulheres. Da Ásia à África, histórias inspiradoras de esforços conjuntos para construir um mundo melhor têm acelerado o avanço da causa feminina a nível mundial.
PROTEGENDO O BEM-ESTAR DELAS
No fim de Setembro, Alifa Chin, de 14 anos, do Bangladesh, visitou a China pela terceira vez. Conheceu universidades, trocou ideias com colegas chineses e ganhou inspiração para seguir os seus sonhos.

Quando nasceu, em 2010, a sua mãe enfrentou um parto difícil devido a um grave problema cardíaco. Na altura, o navio-hospital da Marinha chinesa “Peace Ark” encontrava-se no Bangladesh, numa missão que prestava serviços médicos gratuitos à população local. Ao saber do caso, médicos chineses do navio deslocaram-se ao hospital e realizaram uma cesariana de emergência, salvando mãe e filha.
O pai da criança, Anwar Hossen, deu-lhe o nome “Chin”, que significa “China” em bengali.
Em 2017, Chin conheceu a médica chinesa Sheng Ruifang, que realizou a cirurgia. Ao abraçarem-se, a jovem chamou-a de “mãe chinesa”. Desde então, sonha em ser médica. A doutora Sheng encorajou-a: “Estou disposta a partilhar toda a minha experiência contigo.”
Em 2023, Chin escreveu uma carta ao presidente Xi Jinping, partilhando a sua história e o seu sonho. Xi respondeu, incentivando-a a estudar com empenho, retribuir à família e servir o seu país.
Chin emoldurou a carta e colocou-a na secretária: “Quero dizer ao querido avô Xi que sigo o seu conselho e estudo com afinco. A minha ‘mãe chinesa’ deu-me vida e inspiração. Quero seguir o exemplo dela ajudando e salvando outras pessoas.”
Em escala global, as iniciativas chinesas demonstram o seu compromisso com o bem-estar das mulheres. A China ajudou países em desenvolvimento a implementar 100 projectos de saúde para mulheres e crianças e 100 projectos de “escolas felizes”, oferecendo apoio educacional a meninas desfavorecidas.
Irina Bokova, ex-directora-geral da UNESCO, elogiou o Prémio UNESCO-China para a Educação de Raparigas e Mulheres, criado em 2015, que já apoiou 20 projectos em 19 países, reforçando a consciencialização mundial sobre a importância da educação feminina.
AJUDANDO-AS A BRILHAR NA VIDA
Tahiya Bauso Massawe, criadora de gado da Tanzânia, beneficiou da tecnologia Junção, desenvolvida pela China. No início, duvidava do novo tipo de forragem apresentado pelos especialistas chineses. “Parece cana-de-açúcar. Será que o gado vai comer isto?”, questionou. Mas os animais adoraram, e a produção de leite quase duplicou.
Com o aumento da renda, Massawe comprou novos equipamentos, um veículo e empregou 16 pessoas — metade das mulheres. Incentivou outras mulheres a cultivar Junção, ajudando muitas a obter rendimentos pela primeira vez e a sustentar as suas famílias.

Para ela, o Juncao simboliza igualdade, esperança e oportunidade. A tecnologia chinesa melhorou a vida das comunidades e transformou o papel das mulheres locais.
O presidente Xi Jinping tem reiterado a importância do desenvolvimento feminino para o progresso global: “O desenvolvimento não pode ser alcançado sem as mulheres, e os seus benefícios devem ser partilhados por todos.”
Hoje, a tecnologia Junção gera emprego para mulheres em 106 países. A Iniciativa Bambu em Substituição ao Plástico, lançada pela China em parceria com a Organização Internacional do Bambu e do Rattan, também tem melhorado a vida de mulheres africanas. Além disso, os Centros de Formação Profissional Luban, criados pela China, já formaram quase 6 mil estudantes do sexo feminino.
Gertrude Mongella, secretária-geral da Quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres (realizada em Pequim em 1995), destacou que, em muitos países em desenvolvimento, as mulheres ainda enfrentam desvantagens por falta de financiamento, conhecimento e competências.
Em entrevista recente, Mongella expressou esperança de que a China continue a partilhar experiências e reforçar a cooperação com países africanos, promovendo o desenvolvimento contínuo da causa das mulheres no mundo.
FORTALECENDO O EMPODERAMENTO NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO

No fim de Setembro, mais de 40 funcionárias de alto nível do Paquistão e da República Centro-Africana visitaram a China para participar em oficinas de capacitação organizadas pelo recém-criado Centro Global de Intercâmbio e Cooperação para o Empoderamento Digital das Mulheres.
Em cidades como Pequim, Xangai, Hangzhou e Yiwu, estudaram a governação local, o empreendedorismo feminino, o comércio electrónico e as aldeias digitais. A visita permitiu-lhes compreender como a China utiliza a tecnologia digital para fortalecer o papel das mulheres na sociedade.
Desde 2018, a China já lançou mais de 100 programas de formação voltados para mulheres e crianças em países em desenvolvimento, capacitando quase 4 mil mulheres.
Além disso, criou uma base global de formação para cooperação e intercâmbio no desenvolvimento feminino, elaborando programas adaptados à realidade dos países parceiros. Centros de formação conjuntos foram estabelecidos em 15 países, e, através do Fundo de Cooperação Sul-Sul para o Desenvolvimento Global, a China já implementou projectos voltados para mulheres em mais de 20 países, com financiamento superior a 40 milhões de dólares norte-americanos.
Para Irina Bokova, um dos feitos mais impressionantes da China é a forma como as mulheres chinesas estão a liderar na economia digital.
“Sabemos que essa é a economia do futuro”, disse. “Se queremos empoderar as mulheres, devemos equipá-las com competências digitais. É exactamente isso que a China está a fazer.”
Monica Monteiro, presidente do Capítulo Brasileiro da Aliança Empresarial Feminina dos BRICS, afirmou que, embora as mulheres em países em desenvolvimento ainda enfrentem obstáculos, a digitalização e a economia do conhecimento estão a abrir novos caminhos e oportunidades.
A China alcançou sucesso notável na promoção do emprego e do empreendedorismo feminino no sector digital, tornando-se referência para os países do Sul Global.
