Mais um escândalo do ministro da Agricultura: Roberto Albino acusado de crime ambiental New

Por: Dávio David

O Centro de Integridade Pública (CIP) acaba de lançar na opinião pública mais um escândalo contra o actual ministro da Agricultura, Ambiente Florestas, Roberto Albino Mito. O governante, é acusado pela Procuradoria Distrital de Chemba em Sofala de estar envolvido no abate ilegal de recursos florestais.

É caso para dizer que o feitiço, se virou contra o feiticeiro.

O ministro da Agricultura Ambiente e Florestas, Roberto Mito Albino, que estava a liderar uma ofensiva contra os cartéis de contrabando de madeira em Sofala, afinal também está no centro de um escândalo de exploração ilegal de madeira em Chemba, província de Sofala.

O caso remota para o ano de 2024, altura que o ministro Roberto Albino Mito, era director do Vale de Zambeze, na província de Tete.

Segundo o CIP, a Procuradoria Distrital acusa-o de ter ordenado à empresa Ecofarm Moçambique, Lda., de capitais estrangeiros, o corte de 18 metros cúbicos de madeira, numa área de 50 hectares da sua concessão de 500 hectares.

O CIP acaba de divulgar há instantes que a Procuradoria Distrital de Chemba considera que o referido acordo firmado entre o então ministro Roberto Albino Mito e a empresa Ecofarm constitui crime ambiental, ao abrigo do artigo 77 da Lei n.º 17/2023, de 29 de Dezembro, uma vez que nenhuma das partes possuía licença de corte.

“Como consequência, a Agência Nacional para o Controlo de Qualidade Ambiental (AQUA) aplicou à Ecofarm uma multa de 1,2 milhão de meticais. A empresa, porém, contesta a decisão, defendendo que a responsabilidade cabe ao proprietário da concessão – o próprio ministro – que teria autorizado o abate”, revela o CIP.

Entretanto, segundo documentos apresentados pelo CIP, o director dos Serviços Distritais de Actividade Económica de Chemba, Cândido Patrocínio Zeca foi quem abriu o processo-crime contra o ministro Albino na altura, e que o julgamento estava previsto para ser julgado no dia 15 de Abril de Julho, adiado para 16 Julho de 2025, no Tribunal Judicial da Província de Sofala.

Estranhamente até então, segundo a mesma fonte, a Procuradoria, tanto Distrital, como Provincial alega não ter conseguido localizar o então ministro Roberto Albino, quer por telefone ou por pessoas próximas.

Aliás, o CIP revela ainda que o acusador, o director do SDAE, Cândido Patrocínio Zeca, juntamente com o representante da empresa Ecofarm tem vindo a requer adiantamentos das audiências de julgamento de uma forma concertada, o que leva a crer que o mesmo esteja ser vítima de “ameaça”, uma vez ser subordinado directo do ministro Roberto Albino Mito.

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