Por: Dávio David
O Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas mandou suspender, de última hora, o concurso público do Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique que tinha sido “ofertado” à empresa do sócio do Ministro da Agricultura, Roberto Albino.

Devido a pressão social, em comunicado de imprensa, o ministro Roberto Albino veio ao público, classificar as denúncias de meras especulações.
“Não constitui verdade que o Ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas é accionista da empresa Flamingo, Lda., que tem posição societária na Future Technology of Mozambique, a empresa vencedora do concurso em alusão. Esta informação é falsa”, lê-se no comunicado.
Contudo, Roberto Albino confirma no mesmo comunicado que é sócio de Paulo Auade Júnior, administrador da empresa suspeita.
“O Ministro faz, sim, parte de uma sociedade designada DonaWafica, S.A, detendo 2% na posição societária da mesma, onde a Flamingo, Lda. também é parte, com 15 sócios, detendo 24%. A empresa DonaWafica, S.A, criada em 2015, não chegou a ter operações, e queremos assegurar ao público, em geral, que ela não faz e nem fez parte de nenhum concurso no Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas”, lê-se no documento.
Para tentar “tapar o sol com a peneira” , o Ministro ordenou a Inspecção-Geral interna a analisar o concurso do Instituto de Algodão e Oleaginosas de Moçambique, e garante transparência.
“… por despacho de Sua Excelência o Ministro, em face destas alegações, foi accionada, de imediato, a Inspecção-Geral do Ministério para aferir in loco o processo em alusão junto do IAOM, I.P., visando atestar-se a conformidade legal do mesmo, enquanto se aguarda pelo pronunciamento ulterior das outras entidades supervenientes”, diz o documento.