Por: Dávio David
A Nova Democracia (ND) defende uma reflexão nacional sobre o uso racional da cannabis sativa, vulgo, suruma, como forma de alavancar a economia nacional.

Nas últimas duas décadas fomos embalados com a promessa do maná dos hidrocarbonetos, especialmente, gás natural, contudo, a ND considera tratar-se de uma riqueza, distante e cada vez mais inalcansável sobretudo para o pacato cidadão.
Em contrapartida, a ND lamenta, que o país foi bafejado por ser detentor de uma cultura espontânea desde os primórdios, e que pode ser chamada de “petróleo ou ouro verde”, que é a cannabis sativa, vulgo suruma, que na sua óptica, se não fosse diabolizada, podia já há muito ter alavancado a economia nacional.
“Entendemos que a cannabis sativa é uma substância muito rica e com múltiplos benefícios para a Saúde Pública, Indústria têxtil, Construção civil, Indústria Alimentícia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural (…) O Malawi legalizou a cannabis para impulsionar a sua economia, pois é usada para medicamentos, papel, tijolos ecológicos e plásticos, continuando ilegal o consumo”, disse Muchanga ao Visão Moçambique.

Citando um relatório de 2020, a ND justifica que países africanos que legalizaram o uso benéfico da cannabis sativa na economia, anualmente, gerem milhões de dólares, como é o caso da Nigéria que ” factura 3.7 mil milhões de dólares, África do Sul, 1.7 mil milhões de dólares, Marrocos, 900 milhões de dólares, Lesotho, 90 milhões de dólares e Zimbabwe com 80 milhões de dólares”.
Na verdade, conclui a ND, que a relutância e resistência dos sucessivos governos da Frelimo, em legalizar o cultivo e uso controlado da cannabis sativa, no país, só encontra resposta no lobi e influência sobre o tráfico da suruma.