O antigo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, está “no beco sem saída” a enfrentar justiça moçambicana acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) do crime de ameaça de morte contra o empresário Silvestre Bila. O processo, registado sob o número 235/11/P/2025, está actualmente sob análise da 6.ª Secção Criminal do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, aguardando a fase de julgamento.
Jornal Visão Moçambique apurou que, apesar do silêncio oficial, o caso desperta grande expectativa pública, não apenas pela gravidade das acusações, mas também pela dimensão das personalidades envolvidas.
Contactado pela nossa redacção, Silvestre Bila recusou entrar em detalhes, sustentando que o assunto deve seguir os trâmites judiciais:
“A minha vida não se resolve nos jornais, porque os processos judiciais têm canais próprios. Que a justiça seja feita”, afirmou.
No entanto, fontes ligadas ao empresário revelaram que existe uma forte pressão para que o julgamento seja realizado de forma pública e transmitido em directo, com acompanhamento integral da comunicação social.
“O povo moçambicano precisa entender quem é Agostinho Vuma e quem é Silvestre Bila. Este é um assunto que já tem barbas brancas e deve ser esclarecido perante a sociedade”, referiu uma fonte conhecedora do processo.
Informações recolhidas pelo Visão Moçambique indicam ainda que os advogados de Bila estão a articular directamente com o Tribunal Judicial, tendo já delineado a logística necessária para permitir não apenas a presença da imprensa, mas também a cobertura televisiva integral da audiência.
Este posicionamento levanta um debate mais amplo sobre a transparência da justiça em Moçambique. Casos mediáticos raramente são transmitidos ao vivo, e a eventual abertura deste julgamento poderá constituir um marco na relação entre tribunais, opinião pública e a exigência de escrutínio social.
Mais do que um processo individual, o caso Vuma-Bila coloca em discussão a forma como figuras de peso do tecido económico nacional se relacionam com o sistema de justiça e como a sociedade moçambicana avalia os limites da impunidade.
O Jornal Visão Moçambique vai continuar a acompanhar este dossiê, investigando cada detalhe que possa ajudar a esclarecer as linhas visíveis e invisíveis deste processo que já se anuncia como um dos mais mediáticos do ano.