Decorreu hoje em Maputo o lançamento do projecto PME DIGITAL, iniciativa liderada pela empresa Smart Busness. O projecto, visa promover a inclusão financeira das PME nacionais, garantindo que o sonhos destas seja uma realidade, segundo disse o CEO da SMART BUSNESS Yane Pedro.
Yane referiu que no quesito de financiamento às PME, contam com alguns bancos comerciais que também fazem parte do projecto com legitimidade dada pelo Banco Central, garantindo que as empresas tenha acesso à banca por meio do projecto.
“Claro que há uma necessidade de passar pela Smart Busness que vai garantir que após inscrição, sejam essas PME submetidas a uma carteira móvel que é o E-Mola, entidade que está na vanguarda deste projecto”.

O Projecto piloto começa pela província e cidade de Maputo, segmentando por outras províncias conforme a implementação, avança o CEO, acrescentando que sobre a redução ou não da taxa de juros, é prematuro saber, adiantando apenas que “tudo correrá até então conforme as taxas que os bancos aplicam actualmente e dependente dos acordos que cada PME poderá assinar”.
Yane Pedro esclareceu que o financiamento a ser feito às PME, não tem limite, estando esta acção dependente da capacidade de cada empresa e os acordos para o financiamento rubricados ou ser realizados com a banca para a concessão do crédito. O CEO avança que o financiamento não é o ponto principal da actividade que a Smart Busness poderá ser procurada, mas, que, existirão empresas que poderão procurar a empresa que dirige para capacitação, treinamento ou mentoria.
O principal parceiro da Smart Busness o E-Mola da Movitel, representado por Helenio Guambe mandatário do Presidente do Conselho de Administração, disse na ocasião que o compromisso da instituição que representa é alavancar o crescimento económico das MPME(Micro, Pequenas e Médias Empresas), robustecendo-as social e economicamente no mercado moçambicano.

“A PME DIGITAL, não é apenas um projecto, é um meio para que estas empresas ganhem financiamento. Estes financiamentos que podem ter como suporte na carteira móvel EMola”, disse Guambe, acrescentando que ao quebrar essas barreiras que as PME vem sofrendo por parte da Banca para o seu financiamento, seja este um alicerce, para o seu crescimento.
Para o interlocutor optar por fazer crescer estas MPME, impulsiona-se também o desenvolvimento económico do país e o fortalecimento financeiro das mesmas quando inseridas no mercado financeiro digital.
“O EMola está disposto sempre a ser um catalisador de um ambiente de negócios prósperos em Moçambique, aumentando as oportunidades de negócio e garantir uma maior inclusão financeira para todas as MPME”, disse.
O projecto, segundo o parceiro da Smart Busness na prossecução da digitalização e inclusão financeira das PME, visa garantir que as empresas tenha caminho facilitado na obtenção de financiamento na banca.
JOAQUINA GUMETA, DIRECTORA GERAL DO IPEME, IP, no seu discurso, de abertura do evento, disse que a iniciativa vai doptar, em primeiro lugar, a classe empresarial de um poder económico mais inclusivo, através de facilidades no acesso ao financiamento e em segundo lugar, facilitará a potenciação e estruturação das Micro, Pequenas e Médias Empresas por meio de formações em questões empresariais e de qualidade para a prestação de serviços.
“Esta iniciativa que se configura, como um processo de transformação digital é um fenómeno imprescindível para o nosso mercado, visto que permitirá que as Pequenas e Médias Empresas realizem transacções junto das micro finanças e bancos comerciais com a maior facilidade possível, impulsionando o seu financiamento e tornando desta maneira, o seu negócio competitivo”.
Aquela governante, lembrou que o governo empenha-se em melhorar o ambiente de negócios, mas as adversidades registadas em alguns Distritos da Província de Cabo Delegado, concretamente calamidades naturais, reduzindo a sua capacidade de Inovação, Industrialização e Diversificação para responder aos crescentes desafios impostos pelas dinâmicas do mercado, exigindo do sector público e privado a busca de sinergias e soluções mais arrojadas para responder a estes desafios.
Na ocasião, Salim Valá Presidente do Conselho de Administração da Bolsa de Valores de Moçambique(BVM), congratulou a iniciativa que juntou a instituição que dirige e o EMOLA da Movitel bem como a própria Smart Busness, com o patrocínio governamental através do IPEME, revelando que cerca de 97% das empresas em Moçambique são (Micro), Pequenas e Médias, daí que as “segundo cita estatísticas, as áreas com menor produção e desenvolvimento são da agricultura, pescas e pequenos negócios, actividades muito do sector informal e dentro do informal”.
Valá, acrescenta que cerca de 40% da economia gira em torno do sector informal, referindo-se das Micro, Pequenas e Médias empresas, muitas delas informas com baixa produtividade e pouca integração aos mercados.
“Nós temos clareza a cerca desses dados, hoje, cerca de 66% da população moçambicana vive nas áreas rurais, e como referi que esta é uma iniciativa trazida por jovens, cerca de 65% da nossa população é de jovens, que estão na informalidade entre micro, pequenas e médias empresas, com baixa produtividade, baixa renda, e um país com muitos eventos climáticos extremos”, disse o PCA referindo que daí vem a necessidade de acarinhar, apoiar e abraçar iniciativas como estas.




