Passados 2 anos e 40 dias, o destino do antigo Ministro da s Finanças de Moçambique continua incerto. Aliás, conforme anunciado no momento da sua detenção, Chang, devia rumar para os Estados Unidos de América. Só que após 29 de Dezembro de 2018 e as disputas entre o tribunal e a justiça Norte Americana, Sul Africana e Moçambicana, ficou tudo travado.
O escândalo que colocou Manuel Chang prisão nos finais de 2018, começou com seu envolvimento na aprovação de uma dÃvida bilionária a Moçambique, durante o segundo mandato do Presidente moçambicano Armando Guebuza (2010-2015).
Passados pouco mais de dois anos, ainda recorda-se o povo moçambicano que só descobriu o endividamento com a prisão do ex-ministro, das Três empresas públicas, (EMATUM, ProIndicus e MAM) que contraÃram a dÃvida bilionária sem a aprovação do Parlamento. O actual Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, o sucessor de Guebuza, foi ministro de Defesa durante o mesmo perÃodo.
Foi num clima de festas de fim de ano que os moçambicanos receberam dos noticiários nacionais e internacionais a informação sobre a detenção do antigo ministro das Finanças Manuel Chang, na Ãfrica do Sul. A partir desse dia, 29 de Dezembro de 2018, os moçambicanos começaram a assistir uma novela da vida real.
Após a detenção de Manuel Chang, renasceu no povo moçambicano a esperança de ver responsabilizados todos envolvidos nas dÃvidas escandalosas e ocultas. O ex-ministro das Finanças de Moçambique é considerado um dos mentores do maior esquema de corrupção em Moçambique, que conduziu o paÃs a uma crise económica e financeira sem precedentes.
Passados pouco mais de Dois anos, Manuel Chang permanece detido e a sua versão sobre o crime é ainda desconhecida.
Uma entrevista(pela DW) feita em Dezembro de 2020 ao Jurista e activista moçambicano Borges Nhamirre, aponta que a demora na decisão tem efeitos para o andamento do processo em duas jurisdições onde há processos judiciais a correr, Moçambique e Estados Unidos.
âSe Manuel Chang tivesse sido extraditado para os Estados Unidos certamente já teria sido julgado, da mesma forma que Jean Boustani foi julgado porque já estava sob custódia americana”, explica o jurista e activista Borges Nhamire.
O Jurista revela que se Manuel Chang tivesse sido extraditado para Moçambique, certamente que não teria sido julgado, âporque nem há data de julgamento para os outros [envolvidos] do mesmo processo”, acrescenta.
“à importante explicar que Chang está num processo autónomo exactamente porque não foi extraditado para Moçambique. Temos um processo principal com 20 réus, dos quais 19 estão detidos preventivamente, e temos um processo autónomo com 10 réus, sendo um deles Manuel Chang”, refere ainda o jurista.
Manuel Chang de 65 anos de idade foi director nacional do tesouro e chegou ao Governo de Moçambique como vice-ministro das Finanças durante o último mandato do Presidente Joaquim Chissano.
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