Moçambique beneficia-se de cerca de 6,7 milhões de Euros para reforçar acção comunitária

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e a CARE Moz anunciou o lançamento oficial do projecto “Adaptação Baseada na Comunidade: Reforço da Acção Comunitária em Prol dos Meios de Subsistência e dos Ecossistemas na África Austral e Outras Regiões (CBA Scale+)”, que decorreu no dia 4 de Março de 2024, Cidade de Maputo

O CBA Scale+ visa fortalecer a resiliência das comunidades locais, com ênfase em meios de subsistência sustentáveis e na preservação dos ecossistemas. O projecto abrange directamente cerca de 14.900 beneficiários e indirectamente mais de 125.000 pessoas nas comunidades de Mabote, Govuro, Inhassoro e Vilanculos, na província de Inhambane.

Durante a sua intervenção, o representante da IUC, Maurício Xerinda falou aos nossos microfones que o projecto tem a duração de seis anos, o que significa que iniciou em 2023 e vai até aos finais de 2028.

“Temos para esse projecto para Moçambique 6.7 milhões de Euros que será o dinheiro que será usado para as comunidades para podermos espalhar essa experiência, escolhemos a província de Inhambane por conta dos choques climáticos, mais no interior da província se pode ver que há secas nas zonas semi-áridas e depois temos a zona costeira”, explicou.

O representante destacou ainda que as comunidades vão ser formadas sobre as diferentes tecnologias sobre agricultura e conservação, mas também serão formadas em ferramentas e como podem implementar algumas técnicas agrícolas para terem culturas que possam resistir aos efeitos climáticos.

Por seu turno, o Administrador do distrito de Mabote um dos pontos escolhidos no projecto, Carlos Eduardo Mussanhane, frisou que essa é uma oportunidade ímpar que o distrito tem para responder à resiliência de adaptação das mudanças climáticas.

“Como todos sabem Mabote localiza-se numa zona intertropical onde o clima por razões óbvias encontra-se seco na boa parte do ano isso acaba provocando capacidade de minuta para a população dar respostas em diferentes áreas como a agricultura e pecuária, mas com esse projecto iremos conseguir dar respostas para reduzir o sofrimento da população, mas com os outros parceiros, estamos a avançar em vários aspectos como abastecimento de água, esta época fizemos 5 se não 6 toneladas de castanha de caju o que significa que também nas zonas áridas semi-áridas há potencial, no ano passado conseguimos fazer cerca de 15 mil litros de mel, o que significa que temos esse potencial e estamos a trabalhar agora com a produção de gergelim que está a dar retorno significativo”, disse Carlos.

Este projecto tem como apoio financeiro do Ministério Federal do Ambiente, Protecção da Natureza, Segurança Nuclear e da Defesa do Consumidor (Federal Ministry for Environment, Nature Conservation and Nuclear Safety and Consumer Protection e da International Climate Initiative (IKI).

Jornal Visão Moçambique
Author: Jornal Visão Moçambique

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