AMEEM: Repudia Onda de Raptos e Sequestros

 

#AMEEM: Repudia Onda de Raptos e Sequestros#

A Associação Muçulmana de Empresários e Empreendedores Moçambicanos (AMEEM), tomou conhecimento de forma perturbante e chocante, da morte do membro da sua comunidade Hayyum Ali Mamade, empresário que opera há décadas no país, resultante do rapto que o mesmo sofreu à luz do dia, no passado dia 14 de Dezembro de 2022. 

A AMEEM repudia veementemente este tipo de crime, agora associado aos raptos. Agora, para além do enorme sofrimento, físico mas principalmente psicológico, causado às vítimas, bem como do prejuízo patrimonial, adoptou-se a forma mais gravosa, que é pôr fim à vida das mesmas, tal como recentemente aconteceu com o empresário Hayyum Ali Mamade, violando aquele que é o mais basilar direito fundamental de um ser humano e que, por sinal, é protegido pela Constituição da República de Moçambique no seu artigo 40 e cerne da Declaração Universal dos Direitos do Homem (direito à vida).

É grave! 

É inaceitável! 

É revoltante! 

É altamente desmotivador para classe empresarial e, de modo geral, para a sociedade moçambicana! 

Unimo-nos à voz dos membros da AMEEM, para, mais uma vez, gritar BASTA!!! 

Os raptos já não são, infelizmente, um fenómeno esporádico, pois têm, pois, têm sido protagonizados há mais de uma década, por indivíduos que, dia após dia, têm actuado com conforto e cientes da sua impunidade, perante o olhar complacente das autoridades competentes.  Não é (não pode ser) normal para um Estado de Direito! 

Estes raptos revelam que a criminalidade em que a sociedade moçambicana está mergulhada atingiu níveis alarmantes, contribuindo para um maior clima de desespero, incerteza e insegurança, afectando de forma negativa o ambiente de negócios e o investimento privado em Moçambique. 

De lembrar que, a onda de raptos, já fez com que centenas de famílias com uma longa tradição empresarial no país, abandonassem Moçambique, encerrando os seus negócios e, consequentemente, colocando milhares de famílias (moçambicanas) no desemprego, o que automaticamente contribui ainda mais para incremento dos níveis de pobreza.

Os raptos constituem sem dúvida, um factor condicionador da edificação da economia do nosso país, na medida em que, está a tornar-se “normal” para a classe empresarial, viver num clima de permanente medo e consternação. 

Todo e qualquer empresário, empreendedor e investidor, almeja uma segurança física e patrimonial e, infelizmente, essa é uma expectativa que o Estado não deveria permitir que fosse frustrada. 

É nossa expectativa que, as autoridades moçambicanas acentuem e, priorizem a dedicação no combate a este crime hediondo, ressalvando a nossa solidariedade a todas as famílias que têm sido psicológica e patrimonialmente prejudicadas com esta onda de raptos. 

Pedimos ao governo às altas individualidades, os tribunais, as embaixadas as ONG ́s, os empresários, autoridades, e a sociedade em geral, todo o apoio para que juntos possamos estancar esta onda de crimes.

Pretendemos como povo moçambicano, levantar a bandeira de Moçambique além – -fronteiras e clamar por um: 

BASTA AOS RAPTOS! BASTA AOS ASSASSINATOS! QUEREMOS JUSTIÇA E PAZ!

Manifestamos a nossa solidariedade com a família enlutada, reiterando a necessidade do zelo pela segurança de toda a classe empresarial no nosso país. 

Manifestamos igualmente o nosso apelo para que se trabalhe, afincadamente, para o esclarecimento URGENTE deste hediondo crime e responsabilização dos seus agentes e autores, reiterando a nossa disponibilidade para conjuntamente trabalhar com as autoridades no que se mostrar necessário

Por uma sociedade livre de raptos e crimes contra o património!

 

Arson Armindo
Author: Arson Armindo