APOIO À AGRICULTURA RESILIENTE E SUSTENTÁVEL: Governo do Canadá desembolsa treze milhões de dólares para Maputo e Gaza

O Governo do Canadá anunciou o financiamento de projectos que visam facilitar o acesso das mulheres e raparigas às actividades agrícolas sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas, promoção de conhecimento e acesso aos seus direitos nos distritos de Marracuene, Manhiça, (província de Maputo) e Chókwè, Guijá e Manjacaze (província de Gaza). O projecto abrange 2.500 mulheres e 500 homens, cujo término está previsto para 2026, orçado em 13 milhões de dólares.

Ashraf Hassanein, Director Adjunto de Cooperação na embaixada do Canada, em Moçambique

Ashraf Hassanein, Director Adjunto de Cooperação na embaixada do Canada, em Moçambique, disse Quinta-feira, 16 de Fevereiro, durante a visita aos beneficiários, realizada pela Vice-ministra Adjunta no Departamento para Assuntos Globais do Canadá, Patrícia Penã, que ficaram impressionados com o que viram no espaço da União dos Camponeses, em Marracuene. 

“Vimos um potencial na produção e venda de produtos. Ouvimos dos membros da cooperativa como é que ajudam as mulheres e raparigas nas comunidades. A maioria dos membros da cooperativa são mulheres e raparigas que com os produtos que vendem ajudam a comunidade. A SOCODEVI trabalha muito bem com o governo local”, disse. 

Ashraf Hassanein avançou que o Canada tem uma política de assistência internacional feminista para o empoderamento das mulheres e raparigas e está no centro daquilo que está sendo feito em Moçambique.

Rui Vasco, Director de Operações na Sociedade de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (SOCODEVI), disse que a visita fortifica cada vez mais as acções em curso, pois, com tantos projectos apoiados pelo Canada, escolheu-se Marracuene. 

Rui Vasco, Director de Operações na Sociedade de Cooperação para o Desenvolvimento Internacional (SOCODEVI)

Explicou ainda que o projecto existe há três anos, mas devido a “Covid-19” apenas funcionou dois anos e até este momento existem bons indicadores. 

“Até ao final do projecto temos que ter uma meta de 2.500 beneficiários mulheres, mais 500 homens e neste momento andamos a volta de mil beneficiários directos significa que vamos cumprir com as metas”, disse. 

Rui Vasco afirma que houve maior receptividade por parte dos beneficiários que produzem batata-doce. “Já saíram de vender aos montinhos e vendem em sacos. Isso é um grande indicador”.

Por seu turno, o administrador de Marracuene, Shafee Sidat disse que o distrito ficou com a responsabilidade mais acrescida com o projecto. 

Shafee Sidat, Administrador do distrito de Marracuene

“A embaixadora do Canada, disse que vai visitar três países de África, mas ficou muito impressionada com o que viu cá em Marracuene e isso já nos deixa feliz. Depois, temos a questão de mais investimentos que a própria embaixadora disse que gostou de ver o que o distrito tem feito neste sentido. Quando o projecto tem impacto directo na vida das pessoas, sobretudo nas mulheres, para nós, está capitalizado. Este projecto começou pequeno e já está grande e a beneficiar população”, terminou Sidat.