DIA DA PAZ E RECONCILIAÇÃO: “Nós somente estamos a comemorar a data porque foi nesta data que se assinou o Acordo Geral de Paz” – RENAMO
A RENAMO na província da Zambézia está costas voltada com o Governo do dia, devido aos atrasos sequenciados e sem justificação no processo do DDR. Além do DDR, aquela formação política aponta o terrorismo em Cabo Delgado, os casos de Corrupção ligados às “dívidas ocultas”, os desmandos de dirigentes naquela circunscrição, como entraves para uma verdadeira Paz e Reconciliação.
Por: Gabriel Alfinete
A delegada da Renamo Maria Elisa, na Província da Zambézia centro de Moçambique, disse em entrevista ao Jornal Visão que passados 29 anos do AGP a população daquela circunscrição do país, não está a viver esse momento de Paz como é pronunciado, apontando que deste o ano longínquo de 1992, permanecem empecilhos a este almejado propósito.
“Nós temos a questão do DDR que não foi resolvido. Que paz é essa que os nossos governantes querem? Temos a questão de Cabo Delgado, está a morrer muita gente mas os nossos governantes não estão a cuidar desta situação como devia ser”.
A RENAMO na Zambézia aponta também a questão das dívidas ocultas como um dos mais graves problemas para não haver paz em Moçambique. “A população moçambicana até então não está a viver a paz. Anda-se a propalar pelo país e ao nível mundial que queremos paz, mas como ter paz se os nossos governantes são os primeiros a cometerem crime, corrupção e desordem”, aponta a PERDIZ.
Para aquela formação política revela que muitos dos seus membros desmobilizados através do DDR até então não receberam terra para fixar suas moradias, o que no seu entender isso mostra claramente que não há Paz.
“Nós somente estamos a comemorar a data porque foi nesta data que se assinou o Acordo Geral de Paz”.
Na província da Zambézia conforme o Jornal Visão ficou a saber os distritos de Milange, Alto-Molócue, Guruè e Gilé o processo do DDR não está a andar.
“São 29 anos que continuamos a ir para o buraco – Um número de pessoas foi a praça e foram escorraçadas pela polícia – que Paz é essa que impede pessoas de visitarem a praça dos heróis, um lugar público” – reclamou Maria Elisa.