A arte de engraxar sapatos continua em Maputo e arredores e por mais evidente que seja ela é ainda atractiva aos jovens oriundos dos distritos ou que não tenham um emprego formal.
Em diversas esquinas e avenidas do centro da cidade de Maputo, é possível encontrar um engraxador de sapatos, mas, o ponto certo de concentração deste grupo é a zona do Ponto Final, no cruzamento entre as avenidas Eduardo Mondlane e Guerra Popular.
Sendo aquele local uma paragem o engraxador de sapatos tem ali uma zona fértil para o seu negócio embora com as últimas remodelações feitas devido a pandemia e redução do negócio informal, não está a ser fácil o exercício da profissão.
Eles buscam os segredos do ofício e vencer na grande cidade. Dentre estes homens, uns tiveram a responsabilidade de continuar o legado de seus pais e outros são autodidatas na escola da vida.
O exercício da profissão de engraxador de sapato é antigo.
Mauro Michaque nosso primeiro entrevistado, diz que exerce essa profissão há 11 anos na cidade de Maputo, onde em média engraxa mais de 15 pares por dia. Mauro não é qualquer engraxador, pois segundo fez saber ao Jornal Visão, tem licença para o exercício da sua profissão.
Michaque, acrescenta que vale a pena ser engraxador ou polidor de sapatos, pois com este trabalho consegue fazer o seu dia.
Na conversa com os engraxadores quem sorri e alegra-se é Jossias que está há cinco (08) anos na profissão. Jossias faz seu trabalho frente ao Hospital Central de Maputo (HCM), onde passa por vários constrangimentos pelo facto de estar a fazer os seus trabalhos nos passeios, o que não é agradável aos olhos da polícia municipal que luta para manter estes espaços limpos e seguros.
Além dos engraxadores, o Jornal Visão conversou também com Cumbana, munícipe que adere a estes serviços. Cumbana, afirma que o polidor de sapatos tem ajudado bastante pois, coloca um brilho.
A profissão de engraxador ou polidor de sapatos é uma arte que ajuda na sobrevivência de vários jovens e famílias em toda parte do planeta, chegando a ser uma profissão especial em alguns países. A profissão que reúne os homens em banquinhos feitos personificadamente, remonta há vários e longos séculos e continua sendo cobiçada embora não atraia a maioria intelectual, podendo ser feita em pequenas lojas de beleza ou salões e boutiques.
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