O Presidente República Filipe Nyusi, reconduziu ao cargo o Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.
No uso das competências que lhe são conferidas Filipe Nyusi, nomeou através de Despacho Presidencial Rogério Lucas Zandamela para o cargo de Governador do Banco de Moçambique. Passaram cinco anos desde que Nyusi nomeou Zandamela para o lugar, em substituição de Ernesto Gove, que terminou o mandato em 31 de Agosto de 2016 após dez anos no posto.
Rogério Lucas Zandamela era até então funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Governador agora reconduzido, chegou ao banco central meses após irromper o escândalo das dívidas ocultas do Estado, agora em julgamento, num montante actualizado pelo Ministério Público para 2,7 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros).
O Banco de Moçambique interveio e conteve a acentuada derrapagem do metical que se seguiu, travando ao mesmo tempo a inflacção galopante.
Durante os primeiros cinco anos de mandato de Zandamela, outros momentos marcantes passaram pela intervenção pública no Moza Banco, logo em 2016, entretanto vendido em 2018 à Kuhanha, entidade que gere o fundo de pensões dos trabalhadores do Banco Central. No final de 2018, o governador enfrentou o ‘apagão’ de cinco dias das caixas automáticas por falta de pagamento à empresa gestora informática da rede e promoveu a implementação de uma solução alternativa.
Já este ano, o Banco Central interveio em Junho ao suspender o Standard Bank do Mercado Cambial Interbancário durante um mês, após detectar “infracções graves” com destaque para manipulação fraudulenta da taxa de câmbio.
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