Suspensão de acordo dos cereais pela Rússia “é gravíssima” e deve ser corrigida, esta fazer Países Africanos pagar um preço elevado
Workers assist the loading of corn on to a ship at Pier 80 in the Black Sea port of Constanta, Romania on May 3, 2022. - The Romanian port seeks to become an export hub for neighbouring Ukraine after Russia's invasion cut off its sea routes. Before the war, Ukraine exported 4.5 million tonnes of agricultural produce per month through its ports -– 12 percent of the world's wheat, 15 percent of its corn and 50 percent of its sunflower oil. (Photo by Daniel MIHAILESCU / AFP)
O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso condenou hoje a suspensão anunciada na segunda-feira pela Rússia do acordo dos cereais, alertando que o preço a pagar pelos mais vulneráveis “é gravíssimo” e esperando que Moscovo reverta a sua posição
Falando à margem do 6.º Eurafrican Fórum, ao qual preside, que hoje dia 18 de julho de 2023, começou na Nova SBE, em Carcavelos (concelho de Cascais).
Durão Barroso disse que a decisão de Moscovo “é absolutamente condenável”, depois de Moscovo ter abandonado a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, assumida pela Rússia, Ucrânia, Turquia e Nações Unidas, alegando que as suas exigências não foram atendidas.
“Estar a fazer países africanos e não só africanos, países em vias de desenvolvimento, pagar um preço muito elevado por um problema que não foram eles que criaram, é gravíssimo”, declarou o ex-líder da Comissão Europeia, antigo primeiro-ministro português e que foi presidente não-executivo do grupo financeiro Golden Sachs, à qual se mantém ligado, em parte de uma entrevista concedida à Lusa.
