Vuma envolvido num escândalo financeiro

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Vuma envolvido num escândalo financeiro: Dívida de oito milhões arrasta-se desde 2017

Dívida de oito milhões arrasta-se desde 2017

  • ·         Vuma ludibria Grupo Mondego emitindo cheques sem cobertura
  • ·         Tribunal confirma existência da dívida
  • ·         Vuma tentou se safar justificando extravio dos cheques

Escondido na Confederação das Associações Económicas de Moçambique para satisfazer seus interesses inconfessos mesmo não tendo empresas, Agostinho Vuma, soma e segue e desta vez é acusado pelo grupo Mondego de emitir cheques sem cobertura no valor de oito milhões de meticais referentes a uma dívida contraída no ano 2017.

O facto de uma possível burla, vem a tona após o credor mover um processo judicial, em busca de rever a quantia que lhe é devida por Agostinho Vuma.

O Início do histórico de BURLA

O antigo presidente da Federação Moçambicana de Empreiteiros, Manuel Pereira, movido pelo espírito de confiança, tirou dos cofres do grupo Mondego a quantia de oito milhões de meticais, em duas parcelas, sendo a primeira em Maio de 2017 e outra em Novembro de 2020. 

Documentos na posse do Jornal Visão Moçambique, apontam que, o valor em causa destinava-se a satisfação das necessidades infinitas do actual presidente da confederação das associações económicas de Moçambique, Agostinho Vuma.

O reembolso da dívida ora em causa devia suceder no prazo de cinco anos, conforme atesta um documento produzido pela firma de advocacia Alexandre Mazivila.

Sucede que depois da pressão exercida pelo credor, eis que Agostinho Vuma emitiu dois cheques no valor de dois milhões e sucessivamente seis cheques no valor de um milhão por cada um, no ano de 2022 para a amortização da dívida.

O que parecia boa intenção do devedor, acabou por se tornar numa burla, pois todos os cheques foram recusados pelos bancos por não dispor de cobertura para o efeito.

Dados em nosso poder indicam que o devedor em causa teria enviado um e-mail ao banco solicitando o cancelamento dos cheques por alegado extravio.

No entanto, o grupo Mondego através da sua firma de advogados solicitou a notificação do referido banco a confirmação do extravio dos cheques para o benefício de Manuel Pereira. Curiosamente, o presidente da CTA alega não ter preenchido os referidos cheques, socorrendo-se na diferença das assinaturas e que os cheques foram obtidos ilegalmente.

A nota do Banco deu a conhecer que a devolução dos cheques deveu-se a falta de cobertura e não por ordem de cancelamento do Agostinho Vuma.

Imóvel apresentado como garantia

Uma carta escrita pelo credor avança que  Agostinho Vuma, ofereceu como caução e garantia um imóvel, cuja propriedade é da CCOPE- Empreiteiro da Construção Civil e Obras Públicas. Sucede que o referido imóvel é uma sociedade por quotas com regime diferente de uma empresa em nome individual, sendo que este autorizou sem deliberação dos outros sócios, constituindo perigo, pois os sócios da CCOPE podem futuramente reivindicar a pertença do imóvel.

“Vuma deu uma garantia que não lhe pertence, o que constitui burla, pois os verdadeiros proprietários podem futuramente reivindicar“ lê se no documento.

Outrossim, o valor devido não corresponde ao valor do imóvel em causa e o grupo Mondego solicitou a nomeação de uma empresa de consultoria imobiliária para avaliar o real valor do imóvel.

Tribunal confirma existência da dívida

O tribunal judicial da cidade de Maputo através da sentença confirma a existência da dívida no valor de Oito milhões de meticais de Agostinho Vuma ao grupo Mondego, pelo que exige a devolução da mesma. “Em face do que despendeu e tendo em conta os cheques são exequíveis e a dívida existe deu por improcedente os referidos embargos” lê-se no documento da sentença.

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