Dívidas Ocultas: Namburete abriu a SEN-Consultoria depois de ser contactado por Boustani

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Dívidas Ocultas: Namburete Abriu a empresa depois da preparação do contrato de consultoria

Dívidas Ocultas: Namburete Abriu a empresa depois da preparação do contrato de consultoria

Durante a audição do réu Sérgio Alberto Namburete acusado de lavagem de dinheiro e de formar grupo para delinquir entre outros crimes como branqueamento de capitais, este teve o maior desafio da sua vida, responder pelo que achou ser mais um negócio e oportunidade de crescimento empresarial, afinal tratava-se de um saque aos cofres públicos. As perguntas continuaram e o Ministério Público quis saber porque é que a Logistics International Abu Dhabi(LIA) teria preparado a celebração do contrato no dia 17 de Novembro de 2014, um dia antes da criação da Empresa SEN-Consultoria EI, ao que respondeu dizendo que a LIA preparou o contrato pensando que o réu já tivesse a empresa em funcionamento.

Mais uma vez questionado se depois do período compreendido entre 18 de Novembro de 2014 até 12 de Julho de 2018 a sua empresa a SEN-Consultoria teria recebido mais algum valor na conta que abriu, o réu respondeu que não.

Perguntado porque a senhora Maria Inês Moiane Dove escolheu-lhe para participar no negócio, disse que não sabe. Sérgio Namburete foi também questionado porque é que não sugeriu à Maria Inês Moiane Dove a criar ela própria sua empresa para através dela receber  o dinheiro, este disse que na altura só pensou na oportunidade de negócio, acrescentando que quando se fala de Abu Dhabi, a ideia sãp negócios de alto valor pois são investidores vindos de uma potência mundial.

Sérgio Namburete foi também questionado sobre como teria aplicado os 127.500 Euros, o réu respondeu que realizou cirurgias e outros procedimentos médicos para ele próprio e sua esposa, acrescentando que, é difícil dizer como aplicou o dinheiro quando era levantado em pequenas quantidades de 1.000, 2.000 e 3.000 Euros.

O juiz perguntou ao réu, porque é que assinou o contrato de consultoria com o projecto identificado como sendo de Construção Civil enquanto sabia ser da venda de terreno, este, não respondeu à pergunta.

No rol das perguntas o juiz quis saber porque colocou na factura que o pagamento era referente ao projecto de construção civil enquanto se sabia ser venda de terreno, o réu disse que não tem resposta para isso. Perguntado se a empresa que criou era para receber o valor do terreno, o réu disse que não.

“Sou promotor de negócios de imobiliária, até hoje sou promotor de grandes negócios de imobiliária. Maria Inês Moiane Dove é minha amiga, ela tinha um negócio e ela veio ter comigo porque sabia que sou grande promotor de negócios imobiliários”, disse Namburete.

O assistente do MP questionou qual relação existia entre o réu e a co-réu Maria Inês Moiane Dove e Namburete respondeu que “ela procurou-me para intermediar o seu negócio de venda do seu terreno”. Acrescentou que não tem nenhum contrato individual com ela e que apenas só criou a SEN-Consultoria, como oportunidade de negócio.

Mesmo com a insistência sobre o relacionamento da SEN com a Maria Inês Moiane Dove, o réu respondeu que apenas viu a oportunidade para negócios.

O Assistente do MP questionou se existe algum relatório sobre a consultoria feita para a LIA ao que Sérgio Namburete respondeu que não e que as provas da realização são o DUAT e a planta Topográfica.

Sérgio Namburete disse em sede do tribunal que quando foi ouvido na procuradoria lhe foi dito que não devia trazer documentos a mais do que estava listado no indicado pelo magistrado Dr Paulo Alberto e que essas afirmações foram verbais não tendo nenhum documento que as acompanha.

Jornal Visão Moçambique
Author: Jornal Visão Moçambique

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