O assistente do Ministério Público (MP) que é a Ordem dos Advogados de Moçambique(OAM), começou a questionar sobre o Projecto de Monitoria e Protecção da Zona Económica Exclusiva perguntando que tendo em conta as suas tarefas vigentes à data dos factos se este teria participado em reuniões quer em Moçambique ou fora do país na concepção do projecto em alusão. Ao que o réu referiu que teve conhecimento genérico e pois não fazia parte da sua competência como Conselheiro e é um assunto técnico de Defesa e Segurança pelo que não participou de nenhuma reunião. Renato Mathusse afirmou que só foi a Abu Dhabi em Março de 2013 e visitaram os estaleiros da Privinvest porque fazia parte de uma visita oficial do Chefe de Estado àquele país do médio Oriente. Renato Mathusse diz não se recordar sobre quem seriam os integrantes da visita a Abu Dhabi pois também sua idade não ajuda muito já está com 60 anos e não há muita força.
No seu cômputo geral o assistente do MP, não fez questões novas se não repetir o que já fora feito pelo Juiz da causa bem como da representante do MP, Ana Sheila Marrengule.
Não obstante o assistente pediu que o réu Renato Mathusse explicasse como foi que recebeu a ajuda de Jean Boustani sendo que só foi amizade e se a proveniência do dinheiro que adquiria os imóveis e móveis, ao que este disse que não estranhou nada pois havia formado uma amizade forte com Jean Boustani.
Sobre a influência que pretendia com o mundo Árabe, Mathusse disse ter conseguido fazer laços sobre a aviação civil que não tinha voos directos para Emirados Árabes Unidos e em 2013 a delegação moçambicana foi a EAU para negociar com a EMIRATES e recebeu um bónus de conhecer a ETIHAD e uma segunda é que Moçambique não tinha embaixada em Emirados e sim em Dubai mas graças a essa amizade foi possível. “Essa negociação foi feita por actores não formais. Durante essas negociações foi possível abrir sua embaixada em Riyad. Outro exemplo é que já temos em Moçambique a Câmara do Comércio de Dubai e é a terceira em África”.
Para além destes exemplos, Moçambique tornou-se votante e não apenas participante ou assistente da Organização Internacional de Exposições, sendo que este ano o país estará lá a participar nessa qualidade, evento que foi adiado em 2020, devido à pandemia da covid-19, que assola o mundo e Moçambique em particular.
Relativamente ao valor transferido para o BIM, Mathusse disse não se lembrar de ter sido exigido alguma justificação por parte do banco, aliás segundo este não havia muita rigorosidade à data dos factos, e, este respondeu afirmativamente que não declarou os 150,000USD recebidos da senhora Neusa Matos a Autoridade Tributária de Moçambique.
Perguntado se tem conhecimento se o senhor Jean Boustani teve uma outra actividade filantrópica, o réu disse não.
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