A Fundação Manhiça, através do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça (CISM), em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (INS), está a desenvolver um estudo de vigilância de saúde para prevenir a mortalidade infantil, uma situação que preocupa aos demais.
Denominado CHAMPS (do Inglês Child Health and Mortality Prevention Surveillance), consiste em monitorar as mortes em crianças menores de 5 anos de idade e em nados mortos para determinar as causas de morte, usando técnicas minimamente invasivas e autópsias verbais.
O estudo visa salvar esta camada social para que desenvolva e posterior alcance seus objectivos na sociedade humana.
No âmbito deste estudo, lançado em finais de Setembro no distrito de Quelimane, visando sensibilizar as comunidades para que de uma forma transparente facilite o trabalho dos técnicos, aliás, o estudo contará com o envolvimento das comunidades locais.
O Investigador Principal do Estudo em Moçambique, Inácio Mandomando, disse na ocasião que as actividades da Vigilância de Mortalidade Infantil, através de técnicas minimamente invasivas e autópsias verbais, já decorrem no Hospital Central de Quelimane desde 2018 e será expandido para as comunidades.
Para tal, de acordo com a fonte, o CISM vai estabelecer um Sistema de Vigilância Demográfico e de Saúde (SVD) em todo o distrito de Quelimane, sendo que, segundo ele, o estudo começa com um censo inicial da população que consiste na enumeração de todos os agregados familiares e atribuição de números de identificação únicos a cada agregado e a cada membro.
Explicou Mandomando, que após o censo de base, o CISM vai efectuar visitas regulares a cada agregado para recolher eventos demográficos essenciais como mortes, nascimentos, migrações, gravidezes, abortos, nados mortos, causas de morte e outros dados sociodemográficos relevantes.
Sabe-se que o grupo de enfoque deste estudo são mulheres em idade reprodutiva e crianças menores de 5 anos.
De salientar que o programa CHAMPS é um estudo multicêntrico coordenado pela Universidade de Emory, dos Estados Unidos de América, que está a ser implementado em Moçambique (distritos de Manhiça e de Quelimane) e em outros países da África subsaariana e do Sul da Ásia como Mali, Serra Leoa, Quénia, África do Sul, Etiópia, Banglades e Índia, com financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates.
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