Dívidas Ocultas: NAS MÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Bruno Langa fica numa “saia justa” ao negar a assinatura que consta dos anteriores depoimentos

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Dívidas Ocultas: NAS MÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Bruno Langa fica numa “saia justa” ao negar a assinatura que consta dos anteriores depoimentos

Dívidas Ocultas: NAS MÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Bruno Langa fica numa “saia justa” ao negar a assinatura que consta dos anteriores depoimentos

Ainda sobre o interrogatório do réu Bruno Langa, começam a surgir contradições em sede do Tribunal. Bruno Langa, confrontado com seus depoimentos pelo Ministério Público na voz da Magistrada Ana Sheila Marrengula, o réu negou arredondamente serem da sua autoria, as palavras e informações contidas naqueles documentos, chegando a dizer que mesmo a assinatura que consta deles “é parecida com a minha, não minha assinatura. Há muita confusão nesses documentos, muita coisa que não constitui verdade Digníssima e Meritíssimo Juiz. Eu até no dia que fui levado a procuradoria, fui ameaçado para falar, chamado criminosos e levado a cadeia onde estou até hoje”, explana.

Bruno, desmente que tenha falado dos assuntos em epígrafe no documento na posse do tribunal, dizendo apenas que não houve espaço no dia da primeira audição, pois não durou mais de cinco(05) minutos sua estada na procuradoria e nem a conversa com o Juiz Alberto Paulo, teve essa duração para a explanação de tais factos constantes do documento em causa.

Antes de chegar a esta discussão, o réu antes teria sido confrontado pela Magistrada do Ministério Público, quando este foi questionado sobre um endereço electrónico denominado brunolanga88@yahoo.com, a qual respondeu que o email não é seu e que sua assinatura na criação de emails é 77. 

 MODALIDADE DA CONTRATAÇÃO

Bruno Langa réu em audição nesta Segunda-feira, foi questionado pela Magistrada do MP, quanto é que receberia do contrato sendo ele Consultor, este referiu que assinou o contrato e não sabia exactamente quanto é que seria pago pelo trabalho que iria fazer. O MP, insistentemente questionou sobre que tipo de consultor era que não sabia quanto é que ele valia como consultor e este disse “não tenho preço”.

Capa

Bruno Tandane, foi muito contraditório afirmando que o contrato feito com a Privinvest era singular, o que não concordou com o contrato revisto e lido em sede do tribunal, pois lá constavam os nomes dos três arguidos, sendo, Armando Ndambi Guebuza, Teófilo Nhangumele e Bruno Langa. Langa, refere que não sabe explicar por que razão celebraram um contrato conjunto sendo que cada um tinha seus interesses com a Privinvest.

O réu e Teófilo Nhangumele receberam o mesmo valor(8,5 milhões de dólares norte americanos), e questionado o porquê de ser o mesmo este disse que ele negociou o valor em 2012 com a Privinvest, numa das viagens em que esteve em Abu Dhabi, tendo feito isso sozinho, explicando o desconhecimento desta forma de os dois terem os mesmos valores para trabalhos e interesses diferentes com a Privinvest.

Bruno Langa continua renitente e nega todas as versões dos depoimentos anteriores colhidos em sede do tribunal e na PGR. Langa está numa situação de ao ser condenado ser indeferido o recurso para redução de pena. Mesmo com a negação em audiência, Bruno Langa não poderá ganhar nulidade das provas, pois este alega que foi feito o depoimento por coação, pois o prazo para tal ocorrer expirou.

As negações de Bruno Langa, podem de igual modo beneficiá-lo ao mesmo tempo que prejudicá-lo.

 

USO DOS FUNDOS RECEBIDOS DA PRIVINVEST

Em tribunal e na continuação ao interrogatório, o réu Bruno Langa, negou-se a explanar em sede do tribunal o que terá feito com o dinheiro recebido do seu contrato com a Privinvest, situação que não recusou em ocasiões anteriores na PGR e no Tribunal Judicial.

Dívidas Ocultas: NAS MÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO: Bruno Langa fica numa “saia justa” ao negar a assinatura que consta dos anteriores depoimentos
Os réus voltando da casa de banho, num intervalo concedido pelo Juiz. À frente Bruno Evans Tandane Langa, A seguir, Armando Ndambi Guebuza e por último Cipriano Sisíno Mutota, no recinto do EPEMS(B.O).

Bruno Langa, é acusado de ser autor moral e material dos crimes de, associação para delinquir, p. e p. pelo nº 1 do artigo 263º do Código Penal então vigente, atenta a alteração introduzida pela Lei n.º 10/87, de 19 de Setembro, na actualidade p. e p. pelo nº 1 do artigo 458 do C. Penal; chantagem, p. e p. nos termos do artigo 452.º, § 2º do então C. Penal e pelo artigo 301 do actual código; corrupção passiva para acto ilícito, p. e p. pelo nº 1 do artigo 7 e nº 3 do artigo 2, ambos da Lei nº 6/2004, de 17 de Junho, aplicável à data dos factos e pelo artigo 502 números 1 e 2 do actual código; 4 crimes de falsificação de outros documentos, p. e p. pelas disposições conjugadas dos artigos 219º nº 1 e pelo artigo 218º, ambos do então C. Penal (alterado pela Lei nº 10/87, de 19 de Setembro) e actualmente pelos artigos 538, conjugado com o artigo 537 nº 1, alínea a) do código vigente; peculato, p. e p. pelas disposições conjugadas dos artigos 313º e 437º, 421º nº 5, 32º e 55º nº 3, todos do então código penal e pela alínea d) do artigo 514 e 35 do actual código; 4 crimes de uso de documento falso, p. e p. pelo artigo 222º da então lei penal substantiva e pelo actual artigo 542 do C. Penal; 2 crimes de posse de armas proibidas p. e p. pelo nº 2 do artigo 358º do Código Penal; branqueamento de capitais, p. e p. pelas disposições conjugadas do artigo 4 nº 1, alínea a) da Lei nº 7/2002, de 5 de Fevereiro, e artigos 4 nº 1, alínea a), 7 nº 1, alíneas a), i), k) e t) e 75 nº 1, alínea a) da Lei nº 14/2013, de 12 de Agosto.

 

DETENÇÃO DO AMIGO E PARTICIPAÇÃO DE BRUNO

 

ÚLTIMA HORA:

DETIDO ARMANDO NDAMBI GUEBUZA

Armando Ndambi Guebuza foi detido por voltas das 14 horas do dia 16 de Fevereiro de 2019. A sua detenção ocorreu depois que Bruno Evans Tandane Langa, ficou preso contando que ele era sócio de Ndambi desde 2011, altura em que os dois amigos constituíram a empresa Mobimóveis Limitada.

Bruno sempre foi tratado por “Nono”, o que confirma neste momento sua identidade nos emails e possível participação no calote financeiro que colocou o país numa situação de joelhos economicamente.
A detenção aconteceu pouco mais de um mês após a Procuradoria-Geral da República, em comunicado, afirmar que constituiu 18 arguidos em conexão com o processo “dívidas ocultas”, número que subiu para 19.

Os réus deste caso das dívidas ocultas são:

Cipriano Sisínio Mutota, Teófilo Francisco Pedro Nhangumele, Armando Ndambi Guebuza, Bruno Evans Tandane Lang, Sérgio Alberto Namburete, Maria Inês Moiane Dove, Elias Moiane, Manuel Renato Matusse, Zulficar Ali Esmael Ahmad, Naimo José Quimbine, Simione Jaime Mahumane, Khessaujee Ishwardas Pulchand, Salvador Fabião Mabunda, Ângela Dinis Buque Leão, Sidónio Sitoi, Mbanda Anabela Duque Henning, Cremildo Jossias Manjate, Gregório Leão José e António Carlos de Rosário

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