Dívidas Ocultas: Sérgio Namburete começa “a se morder” durante as audições

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Namburete

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O réu Sérgio Namburete ainda na audição, em sede do tribunal, está a ser ineficiente em algumas respostas ou seja, dá dois passos a frente e volta três, aceitando e negando os anteriores depoimentos.

Namburete falou no tribunal que conheceu Maria Inês Moiane Dove por volta dos anos 2000 acrescentando que antes dessa época trabalhava fora de Maputo concretamente na província de Gaza.

O réu revela estar arrependido por entrar no negócio que acabou vitimando sua esposa com quem começaria a ter filhos já aos 60 anos e ela com 48. “Peço perdão aos meus filhos, a minha esposa e família e ao povo moçambicano e a todos que fiz mal”, disse em choros.

Maria Dove teria procurado o co-réu Namburete por ela ter julgado que este tivesse uma empresa de Consultoria em Imobiliária, pois no momento o investidor que ela apresentou na conversa pretendia pagar o trespasse do terreno através de uma empresa que pudesse facturar.

O juiz Efigénio Baptista, questionou ao réu porque efectivamente a Sra Maria Inês Moiane Dove procurou por ele visto que pudesse negociar o seu espaço pessoalmente, e poupar 127.500 Euros, este respondeu que ela procurou por ele para que pudesse assinar o contrato para se poder pagar a dona do terreno. Porque eles(a LIA), queriam uma empresa para facturar.

Numa outra pergunta feito pelo Juiz, Namburete respondeu que criou a SEN-Consultoria, EI, após a Senhora Maria Inês Moiane Dove ter falado com ele por causa deste negócio mas também por ser uma oportunidade para outros empreendimentos.

“Questionado se foi a SEM-Consultoria que emitiu facturas do negócio do terreno, respondeu afirmativamente”, continuou o Juiz Efigénio no momento do ditado da Acta.

Namburete até ao momento não justificou claramente por qual motivo recebeu os 127.500 Euros, sendo que mesmo no momento da medição do terreno este simplesmente foi quem solicitou o município para a execução do trabalho, sendo  que o valor foi pago simplesmente por este ter assinado um contrato para um trabalho que não se efectivou.

“Eu até fiquei estranho o porquê a Logistics International Abu Dhabi desistiu dos trabalhos e que não voltou a me contactar mesmo depois do pagamento adiantado. Fiz a planta topográfica em Janeiro de 2015 e daí não me contactaram mais”, avança Namburete.

Namburete revelou ainda em sede do tribunal que o trespasse arrolado como fio do contrato e solicitação da sua amiga, que este não foi trespassado tendo sido apenas pago pelo contrato do projecto de construção civil com duração de 12 meses. Mesmo com o contrato assinado, Namburete revelou que o tal projecto que era objecto do contrato nunca viu, apesar deste ter sido a justificação para o pagamento pela LIA, pois a empresa internacional não disse mais nada.

O réu teria aberto uma conta em Euros por solicitação de Jean, que disse que faria o pagamento em Euros.

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